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Copa do Catar

Da alegria à decepção: vitória da Argentina nos pênaltis frustra torcida da França no Rio de Janeiro

Na Zona Sul da cidade, torcedores franceses viveram um clima que foi da euforia à frustração durante a grande final da Copa do Mundo no Cata

18 dez 2022 - 17h07
(atualizado às 19h01)
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Torcedor francês acompanha a final em restaurante no Rio de Janeiro
Torcedor francês acompanha a final em restaurante no Rio de Janeiro
Foto: Hugo Barbosa/Terra

A torcida francesa escolheu a Zona Sul do Rio de Janeiro para acompanhar a grande final da Copa do Mundo contra a Argentina. Enquanto o jogo não começava, os mais de 250 torcedores dos Bleus já faziam a festa nos bares da Rua Voluntários da Pátria, no bairro de Botafogo

"Vamos vencer, a França tem o Mbappé. Vamos ser tricampeões", disse o estudante Olivier, de 26 anos, antes do jogo começar. 

O bairro, que foi o ponto de encontro da comunidade francesa desde o início da Copa, preparou uma estrutura especial para a decisão do Mundial. O local contou com um telão e um DJ, além do cardápio que foi alterado para que os franceses fossem atendidos rapidamente e não perdessem um lance do jogo. 

"Preparamos tudo para receber a torcida francesa. Esperamos uns 400 torcedores. Estamos nos preparando a semana toda", afirmou Daniel, que trabalha em um dos bares de Botafogo. 

Nem mesmo o tempo chuvoso no Rio foi capaz de desanimar os primeiros torcedores, que desde às 11 horas já se aglomeravam em clima festivo. Aos gritos de "Allez, Allez, Bleu" ("Vai,Vai, Azul''), os franceses mostraram que também sabem torcer igual aos sul-americanos. 

"Nós temos Didier Claude Deschamps. Ele é nosso ídolo. Vamos levar mais um Mundial pra casa", disparou Juan, no início do primeiro tempo. 

O enredo da partida, no entanto, trouxe momentos de tensão e culminou com um balde de água fria na esperança francesa após o fim do primeiro tempo, quando o placar apontava 2 a 0 para a Argentina. O engenheiro Juan esperava um desempenho melhor da seleção na primeira etapa de jogo. Apesar do resultado parcial, ele estava otimista para o segundo tempo. 

"Tenho certeza que a França irá entrar melhor. Vamos fazer um segundo tempo bom e vamos empatar", profetizou.

No início do segundo tempo, a equipe comandada por Didier Deschamps foi outra. Porém, a redação demorou para chegar e só veio já no final da partida, quando em apenas 2 minutos, Mbappé fez dois gols e ressuscitou a França. A torcida veio abaixo.

Na prorrogação, à medida que o tempo passava, o torcedor francês ficava cada vez mais tenso. O ápice da tensão foi aos 4 minutos do segundo tempo do tempo extra, quando a Argentina fez o terceiro. Torcedores abaixavam a cabeça pressentindo que estava tudo acabado, mas o jogo já havia dado uma amostra que aquela não seria uma final qualquer. Aos 13 minutos, pênalti para a França. O próprio Mbappé bateu bem para fazer seu terceiro na partida e deixar o 3 a 3 no placar. Euforia, bebida voando pelos ares e torcedores chorando. 

Rapidamente, os momentos de alegria deram lugar a apreensão. A decisão foi para os pênaltis. Juan, que instantes atrás havia profetizado o empate da França, estava eufórico antes do início da penalidade.  "Eu falei, eu disse, vamos vencer agora. O psicológico da Argentina estava abalado",cravou. 

Dessa vez, o engenheiro estava enganado. A Argentina não deixou escapar, Paredes e Montiel converteram suas batidas. O gol de Muani na quarta cobrança francesa não foi suficiente e os hermanos saíram campeões. Tristeza e frustração entre os torcedores franceses, que deixaram o local logo após o fim do jogo.

"Messi se aproxima cada vez mais de Maradona no coração dos argentinos", avalia Alexandre Salvador:
Fonte: Redação Terra
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