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Copa do Catar

Copa do Catar: seleções vão ficar em palácios, spas e hotéis de luxo

Apenas oito países optaram por bases mais distantes no menor país a sediar um Mundial da Fifa

28 jul 2022 - 10h11
(atualizado às 10h44)
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Menor país a sediar uma Copa do Mundo, o Catar vai acomodar 24 das 32 seleções participantes do torneio em um raio de 10km dentro de seu território, nas redondezas da capital Doha e seus subúrbios, em palácios, spas e hotéis de luxo, onde bebidas alcoólicas são proibidas. A competição começa no dia 21 de novembro.

Apenas oito países, alguns deles considerados potências do futebol, como Inglaterra, Alemanha e Bélgica, escolheram bases mais distantes. As delegações ficarão no mesmo local durante todo o torneio no Catar, o que significa que elas jogarão em um dos oito estádios credenciados da Copa e voltarão para suas bases. A final acontece no dia 18 de dezembro. O Brasil tem voltado mais cedo da disputa, sendo eliminado nas quartas de final.

"A Copa do Catar 2022 será uma Copa do Mundo como nenhuma outra, com as equipes se beneficiando de sua natureza compacta e da calorosa hospitalidade local. Os jogadores terão mais tempo para treinar e descansar durante a competição, ao mesmo tempo em que poderão experimentar a emoção que tomará conta do país muito mais de perto, já que jogadores e fãs apaixonados de todas as 32 nações estarão reunidos em uma única área", disse Colin Smith, Diretor de Operações da Fifa.

Alemanha terá sua base no resort Zulal, que é propriedade da família real do Catar e tem "suíte real" com diária de US$ 10 mil (R$ 52 mil)
Alemanha terá sua base no resort Zulal, que é propriedade da família real do Catar e tem "suíte real" com diária de US$ 10 mil (R$ 52 mil)
Foto: Christian Charisius

O cenário será bem diferente da última Copa do Mundo, realizada na Rússia, em 2018, quando os participantes ficaram espalhados pela parte europeia do país. Algumas bases tinham distância de até 2.100 km entre elas e exigiam deslocamento aéreo, bem parecido com a edição realizada no Brasil, em 2014.

A Fifa trata a Copa do Mundo do Catar como a "mais compacta" desde a edição inaugural, em 1930, e não exigirá o uso de voos domésticos durante o torneio. As equipes chegarão às bases, chamadas pela organização de Tem Base Camp Hotel (TBCH), ao menos cinco dias antes da primeira partida, com a esperança de estender a estadia para 33 dias, duração da competição para as seleções que chegarem à final.

"Tal como acontece com todos os nossos projetos da Copa do Mundo, o planejamento do legado tem sido um fator chave e muitos dos locais de treinamento renovados e construídos beneficiarão os clubes e comunidades locais muito tempo após o término do torneio. Os novos hotéis também apoiarão a crescente indústria de turismo do Catar após 2022", Nasser Al Khater, CEO da Copa do Catar.

ACOMODAÇÕES

A seleção brasileira optou pela proximidade e se hospedará no Westin Doha Hotel & Spa. Os treinos serão no Estádio Grand Hamad. Argentina e Espanha ficarão em um alojamento "luxuoso" na Universidade de Doha, de onde poderão chegar andando ao seu centro de treinamento. Essa logística faz com que os treinadores tenham mais tempo para trabalhar suas respectivas equipes e recuperar jogadores.

Já a França, atual campeã mundial, terá como seu "domicílio" o Al Massila, um complexo hoteleiro próximo a Doha, que destaca principalmente seu perfil de "palácio particular". As diárias ali custam mais de US$ 2,5 mil (R$ 13 mil). A delegação deve ter entre 30 e 40 membros. A França, de Mbappé, é uma das seleções favoritas na competição.

A Alemanha, outro time sempre credenciado a ganhar a Copa, terá sua base no resort Zulal, que se apresenta como o maior centro de bem-estar do Oriente Médio. É propriedade da família real do Catar e a "suíte real" custa mais de US$ 10 mil (R$ 52 mil) por noite. A hospedagem da delegação alemã será a mais distante de Doha, a 100 quilômetros da cidade, mas os tetracampeões terão a vantagem de ficar "em uma bolha" isolada das multidões, afirma a diretora do estabelecimento, Daniele Vasatolo.

A Inglaterra vai se hospedar no hotel Souq Al Wakra, onde as autoridades planejam privatizar uma parte da praia pública vizinha para a seleção de Harry Kane e seus companheiros. O hotel não serve bebida alcoólica, mas estão previstas melhorias na sala de esportes e alternativas de entretenimento para os jogadores, como videogames. O fato de permanecer num QG significa também que os atletas terão mais tempo para descanso, portanto, eles precisarão de mais atividades para entretenimento.

Alguns torcedores reservaram hotéis a US$ 2 mil (R$ 10 mil) a diária, enquanto outros procuram alternativas mais baratas, como bangalôs ou barracas de acampamento no deserto. A organização do Catar já informou que não vai permitir a entrada de torcedores que não tiverem reservas de hotel para ficar.

Estadão
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