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Copa da Rússia

Terrorismo e hooligans aumentam prêmios de seguros na Copa

Com riscos maiores de ataques nesta edição do evento, seguradoras estimam que valor segurado é 10% maior que no Mundial do Brasil

15 jun 2018 - 09h48
(atualizado às 11h22)
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O risco de ataques terroristas e danos provocados por hooligans aumentou os valores dos prêmios para negócios e jogadores que compraram seguros para a Copa do Mundo na Rússia se comparados com os valores do Mundial anterior no Brasil, disseram corretores e seguradoras.

O valor total segurado no evento é de mais de US$ 10 bilhões, segundo estimativas. Os prêmios para possíveis ataques terroristas estão cerca de 10% mais altos do que na última Copa do Mundo em 2014 ou em outros mundiais. 

Proprietários de estádios, revendedores de ingressos e empresas provedoras de serviços hospitalidade estão entre os que fizeram seguros contra riscos que incluem cancelamentos, sequestros, ataques cibernéticos e ferimentos pessoais. 

O valor total segurado no evento é de mais de US$ 10 bilhões, segundo estimativas de seguradoras
O valor total segurado no evento é de mais de US$ 10 bilhões, segundo estimativas de seguradoras
Foto: Sergei Karpukhin / Reuters

As seguradoras foram encorajadas pelos Jogos de Olímpicos de Inverno de 2014 em Sochi, na Rússia, que não tiveram problemas, mas o país está envolvido em uma série de conflitos que aumentaram os riscos de um ataque. 

"As maiores preocupações são o risco de terror, de guerra, do evento não acontecer ou de uma partida ser transferida de um estádio para outro -- esse último é o mais provável", disse o diretor de eventos esportivos, contingências e gerenciamento de riscos da corretora de seguros Integro, James Davies. Ele disse que os "prêmios... estão aumentando, aos poucos". 

A Rússia apoia os esforços de guerra do presidente sírio, Bashar al-Assad, fato que enfurece grupos rebeldes como o Estado Islâmico, além dos conflitos internos com separatistas na região de maioria muçulmana da Chechênia

Duas outras seguradoras disseram à Reuters que os prêmios aumentaram. 

Ben Lockwood é segurador de terrorismo na Lloyds's of London, da seguradora AEGIS London, que providencia cobertura para os estádios do torneio, assim como outras seguradoras da Lloyds, como a Beazley. 

"O risco percebido de terrorismo na Rússia é consideravelmente mais alto do que no Brasil", disse. "Eu estimaria que os prêmios na Copa do Mundo da Rússia são cerca de 10% mais altos do que no Brasil". 

Michael Furtschegger, diretor de entretenimento internacional na Allianz, também disse que prêmios para apólices cobrindo hooliganismo e ataques terroristas eram "provavelmente mais altos" do que em Mundiais anteriores. 

O sucesso das Olimpíadas de Inverno de Sochi e forte competição entre seguradoras manteve a alta dos prêmios mais modesta do que seria em outros casos, afirmaram as empresas. 

A seguradora Beazley estima que o evento está assegurado para mais de US$ 10 bilhões por organizações que incluem estádios, empresas de hospitalidade, companhias televisivas e clubes. 

Os doze estádios, de Ecaterimburgo e São Petersburgo a Kaliningrado e Sochi, estão todos assegurados para danos físicos em uma quantia de cerca de 1 bilhão de dólares. Mais 250 milhões de dólares por riscos com o terrorismo e 100 milhões de dólares para apólices contra possíveis atiradores. 

A Fifa pagou 134 milhões de dólares por seguros aos clubes para jogadores que se machucarem em campo.

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