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O último tango? Messi vai em busca de seu 'sonho de menino' pela 4ª vez

Após cair diante da Alemanha em 2006, 2010 e 2014, Messi inicia mais uma Copa do Mundo como maior esperança argentina e deixa em aberto a chance de se aposentar da seleção

15 jun 2018 - 18h35
(atualizado às 19h04)
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A Copa do Mundo da Rússia, que começa para a Argentina neste sábado, às 10h (de Brasília), contra a Islândia, pode representar a última chance de Lionel Messi conquistar o troféu mais importante do futebol. Não que a carreira do craque esteja perto do fim. Ele completará 35 anos em 2022 e provavelmente ainda estará entre os maiores do planeta quando o próximo Mundial começar, mas já deu indícios de que o peso de não conseguir conduzir o seu país até o título pode se tornar insuportável em caso de nova falha.

Copa 2014: o mais próximo que Lionel Messi já chegou do cobiçado troféu
Copa 2014: o mais próximo que Lionel Messi já chegou do cobiçado troféu
Foto: NELSON ALMEIDA / AFP / Lance!

- Não sei (se continuarei na seleção). Dependerá do nosso desempenho na Copa, de como terminaremos - disse o camisa 10, ao jornal espanhol Sport, dias antes de recuar em entrevista ao inglês Express:

- Não quero falar sobre meu futuro. No momento estou concentrado apenas no presente e em fazer o melhor que eu puder nessa Copa do Mundo. A Copa do Mundo é especial para a Argentina, é um grande sonho conquistá-la. Para mim seria a realização de um sonho de menino, então você pode ter certeza de que farei tudo o que puder.

Esta será a quarta Copa do Mundo de Messi. As três anteriores tiveram algo em comum: um fantasma chamado Alemanha. Se as duas seleções avançarem na primeira colocação de seus grupos, é possível que se encontrem na semifinal na Rússia.

- Messi está muito bem preparado, muito empolgado por começar um novo torneio que pode colocá-lo no lugar em que merece. Um jogador com tanto talento não deveria ter nenhuma pressão. Não vejo este Mundial como o último dele - disse o técnico Jorge Sampaoli, o quarto a dirigir o fenômeno em Copas.

Em 2014, no Brasil, o ídolo foi eleito o melhor atleta da competição, mas só assistiu à festa alemã após a final no Maracanã. Escalado como titular por Alejandro Sabella em todos os sete jogos da campanha, marcou quatro gols, todos na primeira fase.

Em 2010, com Diego Maradona no comando, Messi nem sequer marcou gols. Também foi escalado como titular em todos os cinco jogos da equipe, que foi atropelada pela Alemanha nas quartas: 4 a 0.

Em 2006, com apenas 19 anos, La Pulga assistiu do banco à derrota nos pênaltis para os alemães, nas quartas. Antes, disputou três jogos - um como titular - e marcou seu primeiro gol em Mundiais. O técnico era José Pékerman.

O fardo não é só de Messi. A seleção argentina não conquista títulos desde a Copa América de 1993, quando o craque do Barcelona tinha seis anos. Com ele, pelo menos acostumou-se a disputar finais: além da Copa de 2014, ele também tem no currículo três vices da Copa América (2015 e 2016, para o Chile, e 2007, para o Brasil). Primeiro lugar no pódio? Só no Mundial Sub-20 de 2005 e na Olimpíada de 2008.

Com a palavra - Diego Macias (jornalista do Olé)

A esperança da Argentina de ir bem nessa Copa é que, mesmo com um time sem muita inspiração, existe um jogador que decide partidas. Há poucos jogadores no mundo que são assim. Esse é Messi para nós. Neymar também é para vocês.

A presença do Messi acaba criando um otimismo dentro do grupo e traz um problema psicológico para o adversário. A preocupação é que se ele não estiver em um dia bom, sobretudo contra um rival de peso, isso pode ser um problema para a Argentina.

Não creio que essa será a última Copa de Messi. Ele pode, com o tempo, não fazer tantos gols. Mas lidera em assistências também.

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