Diretor da Anac crê que é cedo para fiscalizar passagens aéreas à Copa

O diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guarnys, considerou "antecipado" o debate sobre os preços das passagens aéreas no período da Copa do Mundo de 2014. Segundo ele, a malha aérea com a definição do número de voos durante o torneio só será definida em janeiro, depois do sorteio das chaves da competição. Só depois disso, ressaltou, será possível monitorar se as companhias vão cobrar valores abusivos nos bilhetes.

Segundo reportagens da Folha de S. Paulo, o preço das passagens aéreas compradas agora para os meses de junho e julho de 2014 chegam a custar dez vezes mais do que o valor cobrado normalmente, fora do período da Copa. De acordo com Guarnys, a elevação dos preços ocorre porque está havendo grande procura, mas destaca que novos voos serão disponibilizados.

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"Poucos voos estão sendo comercializados hoje para junho e julho, aí funciona o que acontece no dia a dia: quanto mais cedo estou comprando, a companhia vê que há poucos assentos comerciais e eles são vendido mais caros. Mas essa não é a malha aérea da Copa do Mundo ainda"', disse Guarnys.

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"As empresas podem livremente pedir os voos, mas elas estão aguardando as informações completas e teremos isso a parir do sorteio (das chaves da Copa) e esperamos ter a nova malha aprovada a partir de janeiro. Aí sim conseguir monitorar os preços que estão sendo praticados", acrescentou o diretor-presidente da Anac.

Mesmo com a comercialização de novos voos, Guarnys não descarta elevação no preço das passagens durante a Copa. "Como em todos os momentos de grandes eventos e grande fluxo (de pessoas), é possível que os preços estejam mais altos. Não todos os preços. Assim, como temos visto que os hotéis já comercializados estão com os preços mais altos, imagino que teremos alguns voos mais caros, mas teremos um grande número de voos que devem vir a público antes da Copa do Mundo", frisou.

Durante audiência pública na Comissão de Viação na Câmara dos Deputados, Guarnys disse ainda que a Anac tem conseguido desenvolver um planejamento estratégico para os grandes eventos. Ele citou a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude como situações em que a demanda dos aeroportos cresceu significativamente, mas não foram registrados problemas na operação dos terminais. "Não tivemos nenhum problema nos grandes eventos, apesar de os aeroportos estarem muito cheios", concluiu.