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Craques e torcedores

Apesar de goleada, alemães conquistam a simpatia do Brasil

Craques germânicos aprenderam frases em português, torceram pela Seleção e fizeram declarações de amor ao país

11 jul 2014 - 08h00
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Seleção alemã adotou as cores do Flamengo em seu segundo uniforme como forma de se aproximar da torcida brasileira
Seleção alemã adotou as cores do Flamengo em seu segundo uniforme como forma de se aproximar da torcida brasileira
Foto: Michael Steele/Getty Images

Se em 1950 foi a seleção do Uruguai que acabou com o sonho brasileiro de vencer uma Copa do Mundo em casa, em 2014 coube à Alemanha o papel de vilã. No entanto, ao contrário de nossos vizinhos, que até hoje não perdem a oportunidade de relembrar seu triunfo em tom provocativo, os germânicos estão fazendo de tudo para conquistar a simpatia brasileira.

O esforço de “relações públicas” começou antes mesmo do início da competição. Ainda em 2013, a federação alemã divulgou um vídeo no qual o atacante Cacau, que nasceu no Brasil, mas se naturalizou e jogou pelo país europeu, ensina o goleiro Manuel Neuer, o lateral Philipp Lahm e o técnico Joaquim Löw a falar algumas frases em português. Em fevereiro, a Alemanha marcou mais um gol junto à torcida brasileira ao lançar um segundo uniforme inspirado no Flamengo, time de maior torcida do país.

Ao desembarcar no Brasil para a disputa da Copa, os alemães deixaram de vez a imagem fria que carregavam e passaram a divulgar uma série de materiais com seus craques se esforçando para assimilar nossa cultura. Em 9 de junho, por exemplo, os jogadores receberam a visita dos índios pataxós, e até arriscaram alguns passos de dança com eles.

Na sequência, Neuer e o meia Bastian Schweinsteiger se deixaram ser filmados com a camisa do Bahia. Mais do que isso, os dois se juntaram a um grupo de torcedores e passaram a pular e cantar “Baêa, Baêa” no meio da rua. Não satisfeita, a dupla mostrou de vez seu lado fanfarrão ao arriscar alguns passos de “Lepo-lepo” e “Eu quero tchu, eu quero tchá” com um professor de dança brasileiro.

Quando a Copa começou, as manifestações de carinho pelo Brasil ficaram menos frequentes, por conta da alta dedicação exigida pela competição. Mesmo assim, Schweinsteiger e o atacante Lukas Podolski arrumaram um tempinho para torcer efusivamente pela Seleção Brasileira na partida contra o Chile. Em um vídeo, os dois aparecem enrolados em uma bandeira brasileira enquanto acompanham a disputa de pênaltis pela televisão e vibram bastante com o triunfo verde e amarelo. A federação alemã também fez a sua parte, e poucos dias antes do duelo com o Brasil divulgou um vídeo com cenas de bastidores da campanha do país embalado pela música “Luz de Tieta”, de Caetano Veloso.

Além disso, desde o início da Copa, alguns atletas germânicos passaram a publicar mensagens em português em suas contas pessoais de redes sociais como Facebook, Instagram e Twitter. Um dos mais ativos neste quesito foi Podolski. Ele pouco jogou neste mundial, mas já elogiou ídolos como Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho. Também disse que estava encantado com o Brasil, se mostrou triste pela lesão de Neymar e ainda pediu respeito à história da Seleção, após os europeus aplicarem uma impiedosa goleada de 7 a 1 na semifinal.

Para completar, o zagueiro Mats Hummels revelou, em entrevista ao jornal inglês Daily Mail, que no intervalo do jogo contra o Brasil, quando a Alemanha já vencia por 5 a 0 e estava com sua classificação encaminhada, os atletas se reuniram e fizeram um pacto para continuar jogando sério e não ridicularizar o país pentacampeão.

Os alemães voltaram do vestiário, fizeram mais dois gols e foram aplaudidos de pé por parte da torcida brasileira presente no Mineirão. Nada mais justo. Afinal, depois de tanta boa vontade em aprender com nosso país, os germânicos chegaram à final da Copa do Mundo dando uma verdadeira aula de futebol ao Brasil.

Fonte: PrimaPagina
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