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Conheça o VKontact, o Facebook da Rússia

Segundo site mais popular do país que sedia a Copa, rede social é usada por milhões de russos para trocar vídeos e músicas

2 jul 2018 - 05h03
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Os russos têm uma rede social virtual própria para fazer amigos e compartilhar notícias e fatos de sua vida pessoal. É o VKontact, uma espécie de Facebook mais popular na Rússia que a rede criada por Mark Zuckerberg, a mais acessada no mundo. É o segundo site mais popular na Rússia e só perde para o Yandex, aplicativo de busca parecido com o Google. O VK recebe mais de 50,2 milhões de visitantes por mês como a maior rede social da Europa.

Os dois concorrentes são muito parecidos. É gratuito para os usuários, mas gera receita a partir de publicidade, inclusive banners e grupos patrocinados. O site possui páginas personalizadas com acesso aos amigos e às noticias, além de hospedagem de fotos e vídeos. Na rede, é possível formar grupos para os usuários aumentarem sua rede de amigos, conforme seus interesses. Você pode comentar sobre um amigo, conhecido ou familiar, inclusive de forma anônima.

A história do nascimento da rede russa parece familiar. Após se formar na Universidade Estadual de São Petersburgo, o russo Pavel Durov lançou em 2006 uma rede social exclusiva em russo, restrita aos círculos universitários. O sucesso foi imediato: em cinco meses, já eram 100 mil usuários - e 10 milhões em 2008. Cerca de 70% dos usuários moram e vivem na Rússia, mas a rede se tornou mundial, inclusive com páginas em português. "Uso o Facebook por causa dos contatos no exterior, faz parte do meu trabalho relacionado ao turismo, mas os russos preferem o VKontact", opina a guia turística Nadia Khristova.

O VK permite o compartilhamento de fotos e vídeos pessoais, mas também música e vídeos de outros usuários, o que é ilegal em outros países. A legislação russa não é rígida em relação aos direitos autorais. "Muitas coisas que os russos postam seriam rapidamente deletadas no Facebook por causa dos direitos autorais", diz o estudante de Física Dargilan Oliveira Amorim.

Os russos não postam "textões" ou mensagens políticas em seus perfis pessoais, mas compartilham mensagens engraçadas e músicas. É muito frequente fotos de adolescentes posando como modelos. Elas aproveitam os belos cenários das cidades russas e publicam uma selfie atrás da outra. Existem poucas páginas e links para o noticiário internacional. Tudo é restrito aos acontecimentos da Rússia.

Em 2011, a rede sofreu uma espécie de intervenção direta do governo, que queria encerrar páginas dedicadas ao ativismo político. O criador, Durov, recusou-se a retirar o conteúdo do ar. Meses depois, o russo de 33 anos acabou vendendo suas ações na empresa, hoje controlada por empresários alinhados ao governo.

Estadão
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