Caboclo planejava ter Jorge Jesus para o lugar de Tite
Presidente afastado da CBF já tinha decidido que demitiria o atual técnico da Seleção
O presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, pretendia ver Jorge Jesus como substituto de Tite na Seleção brasileira. Chegou a acertar com um emissário da sua confiança detalhes de uma primeira conversa com o ex-treinador do Flamengo, o que seria feito nesta segunda-feira. Mas sua saída repentina do comando da CBF abortou o projeto e tornou tudo isso nulo.
Enquanto as especulações sobre quem seria contratado para a vaga de Tite recaíam sobre Renato Gaúcho, Caboclo trabalhava nos últimos dias para ter Jorge Jesus na Seleção. O ex-técnico do Grêmio seria seu plano "B".
Para o dirigente acusado de assédio sexual e moral contra uma funcionária da CBF, o que provocou seu afastamento, a vinda de Jorge Jesus apagaria vários focos de incêndio na confederação. Na avaliação dele, o nome do português seria muito bem aceito pela imprensa, torcedores e patrocinadores da Seleção.
Além disso, mostraria que ele ainda teria as rédeas da CBF. Caboclo acreditava que a iniciativa teria força suficiente para deixar em segundo plano as denúncias sobre assédio.
Por várias vezes, ao longo dos últimos meses, Caboclo enalteceu o trabalho de Jorge Jesus em conversa com outros dirigentes da CBF. Nunca escondeu de ninguém que o português seria seu nome preferido assim que se encerrasse o ciclo de Tite na Seleção – a aposta dele, no entanto, era que isso só se daria após o Mundial do Catar, em 2022.