Teimoso, Rogério Ceni compra briga com Gabigol
Técnico insiste em substituí-lo mesmo quando o atacante está se destacando
O Flamengo era soberano no jogo dessa quinta (4) contra o Vasco, no qual venceu por 2 a 0, mas poderia ter deixado o Maracanã com uma goleada histórica sobre o rival. Aos 29 minutos do segundo tempo, quando o placar apontava 1 a 0, Rogério Ceni fez o que sempre faz: trocou Gabigol por Pedro. O titular saiu do gramado irritado e deixou isso claro novamente, chutando um copinho plástico e evitando o técnico.
Sua relação com Ceni vai ficando cada vez mais desgastada e Gabigol não esconde isso. Durante Fla x Ceará, também pelo Brasileiro, no início de janeiro, então no banco de reservas, o atacante ficou um tempo sem as chuteiras e sem a camisa de jogo, usando colete. Nitidamente para demonstrar sua contrariedade. Nada contra Pedro, ele mesmo ressaltou em seguida.
A questão não é a qualidade dos dois atacantes, que são jogadores de alto nível. E sim a insistência do treinador em tirar Gabigol dos jogos independentemente do que ele venha produzindo em campo.
Com Rogério Ceni no comando, Gabigol não completou até agora nenhuma partida. Sempre foi substituído. No clássico entre os cariocas, ele se movimentava com rapidez, driblava, ganhava dos adversários na corrida e estava sempre em boa posição para finalizar. Era um dos melhores em campo, tinha feito o gol, de pênalti, e o Vasco praticamente não ameaçava, tal a diferença técnica e tática gritante entre as duas equipes, visível no Maracanã.
Depois, na entrevista pós-jogo, Ceni foi questionado sobre a mudança e a atitude de Gabigol. “Sem problema, conheço bem o jeito do Gabriel. Nenhum jogador gosta de ser substituído. Eu achava que precisava segurar mais a bola. Centroavante é mais fominha. Vai chegar o momento em que ele e o Pedro vão estar juntos em campo.”
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