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Osorio dispara contra hipocrisia e afirma: "Não confio na diretoria"

25 set 2015 - 13h39
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O técnico Juan Carlos Osorio parece cada vez menos encantado com o São Paulo. Chamado para dar entrevista nesta sexta, o treinador assegurou que permanece no clube pelo menos até o segundo jogo da Copa do Brasil, contra o Vasco, na próxima quarta-feira, mas deixou claro que não deve ter uma vida longa no Tricolor caso realmente receba o convite oficial para comandar a seleção mexicana. À diretoria, que disse por meio do presidente Carlos Miguel Aidar acreditar em sua permanência até o final de seu contrato, em 2016, mandou outro recado.

"Pelo que fizeram com o elenco, não confio (na diretoria)", afirmou o colombiano, justificando os boatos que envolvem sua saída. "Vocês (jornalistas) acham que, com quatro jogos ruins, eu sigo aqui? Que ninguém vai me demitir? Há muita gente cínica no futebol, hipocrisia, essa é a verdade. Quatro jogos ruins e eu estou fora. Quando fiquei três, já queriam me tirar, me perguntaram se eu temia sair", disparou.

Sua alardeada saída após o confronto com o Cruz-maltino, no entanto, ainda é incerta. Osorio deixa claro que a possibilidade existe, tanto que fez um planejamento pensando nos dois embates com os cariocas e no clássico de domingo, contra o Palmeiras. mas assegura que não há nada concreto. "Não posso negar que há conversas, algo que acontece no futebol. Isso é normal. Mas não quer dizer que eu me vou depois do jogo diante do Vasco", comentou.

Em meio às fortes palavras que disparava na sala de imprensa do CCT da Barra Funda, o treinador fez questão de exaltar a ajuda que tem recebido dos jogadores, principalmente os que ganharam mais chances depois de sua chegada, como Rodrigo Caio, Lucão, Matheus Reis e Thiago Mendes. Ele ainda disse se apegar ao elenco, com quem construiu uma relação de confiança, a qual assegura não quebrar caso saia no meio da temporada.

"Se a diretoria quiser me mandar embora, não há nada no contrato que me dê direito a X em dinheiro. Da mesma forma, me reservo o direito de poder tomar essa decisão. Os jogadores também recebem propostas a todo momento, Paulo Henrique recebeu, Pato recebeu. O Milton (Cruz), na minha frente, recebeu um telefonema o convidando para um clube. O futebol é dinâmico, os jogadores entendem isso", observou.

Já incomodado com o número de perguntas feitas sobre a sua permanência, Osorio explicou o que tanto o atrai na possibilidade de dirigir a seleção mexicana. "Nunca liguei para o México pedindo emprego. A procura vem dos outros. Tenho 54 anos e quero disputar um Mundial antes dos 60. O México é uma seleção de elite, é um sonho meu essa possibilidade", disse, indicando que a Copa de 2018, na Rússa, faz parte do seu planejamento.

As reclamações de Osorio quanto às saídas de sete jogadores promovidas desde sua chegada têm sido constantes. Para ele, caso isso não tivesse acontecido, a posição do Tricolor na tabela do Campeonato Brasileiro seria melhor, disputando as primeiras colocações com Corinthians e Atlético-MG. Ainda assim, procurando manter a calma diante do bombardeio de questionamentos que sofre, ele garantiu ter sua cabeça totalmente voltada para o importante clássico. "Meu coração está aqui e pensando em como ganhar do Palmeiras", encerrou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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