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Avião da LaMia não tinha seguro e não podia voar na Colômbia

25 mai 2017 - 17h41
(atualizado às 17h46)
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A busca por explicações para a trágica queda do avião da LaMia, que causou 71 mortes em voo que levava a delegação da Chapecoense, segue tendo desdobramentos.

Avião da LaMia que levou a delegação da Chapecoense (Foto:Reprodução)
Avião da LaMia que levou a delegação da Chapecoense (Foto:Reprodução)
Foto: LANCE!

Nesta quinta-feira, em denúncia feita pelo canal CNN, foi divulgado um documento que mostra que a apólice de seguro da empresa boliviana estava suspenso no dia do acidente devido à falta de pagamento. Além disso, o vínculo firmado com a seguradora não cobria viagens da aeronave para a Colômbia.

A informação estava presente em uma carta enviada pela companhia de seguros Bisa aos gerentes da LaMia, em 21 de fevereiro. O comunicado diz que a apólice contratada pela empresa estava suspensa desde o início de outubro de 2016. Não estando vigente no dia do acidente.

O contrato, que havia sido renovado em 10 de abril de 2016 também possuía uma cláusula geográfica que tirava a obrigação da seguradora de cobrir viagens para alguns países. Entre eles estava a Colômbia, local do acidente com a delegação da Chapecoense. Foram citadas outros exemplos, como Peru, Afeganistão, Síria, Iraque, Iêmen e algumas nações africanas.

Mesmo com estas proibições, o voo foi autorizado tanto pelas autoridades bolivianas quanto as colombianas. Segundo Omar Durán, advogado boliviano especializada em aeronáutica, essas entidades deveriam ter fiscalizado estas proibições.

"A Direção Geral de Aeronática Civil tem toda a responsabilidade de fazer esta fiscalização a qualquer aeronave, principalmente se estas estiveram com uso irregular", afirmou o advogado, à CNN.

Fredy Gutierrez, especialistas em assuntos relacionados a seguradoras, seguiu a mesma linha de raciocínio e disse que as autoridades de ambos os países podem ser processadas. O que vejo neste caso é uma dupla omissão, por parte das autoridades de onde o voo saiu (Bolívia) e de onde ele chegaria (Colômbia). Então, como houve um acidente, os familiares podem processar estes dois países", completou.

Vale ressaltar que as autoridades de ambos os países tem poder de suspender as atividades de companhias que estão com irregularidades com suas seguradoras.

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