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Alex, o craque que brilhou e fez história com a camisa do Cruzeiro

7 dez 2014 - 11h11
(atualizado às 11h14)
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Alexandro de Souza. Para muitos torcedores do Cruzeiro, Alex foi o melhor camisa 10 que desfilou talento ostentando a mítica camisa pela Raposa. Anunciado como reforço no dia 8 de agosto de 2001, após conseguir liberação do Parma, da Itália, o apoiador viria a fazer história em Belo Horizonte. Já com status de grande jogador após duas passagens pelo Palmeiras e na condição de jogador da Seleção Brasileira, ele marcaria época no clube mineiro em 2003, quando foi comandante cruzeirense na conquista da Tríplice Coroa, feito até hoje inédito.

O início no Cruzeiro não foi dos melhores (Foto: Arquivo LANCE!)A primeira passagem do Cruzeiro não foi como Alex e a torcida esperava. Além do então jogador do Palmeiras, o clube havia contratado outras duas estrelas: o volante Rincón e o atacante Edmundo. A expectativa era por conquistas, mas o desempenho em campo do time deixou a desejar, pois o estrelado Cruzeiro foi apenas o 21º colocado no Brasileirão de 2001. Apenas Juventude, Flamengo e Botafogo separaram a Raposa da zona de rebaixamento. E para Alex, essa passagem foi ainda pior. O técnico Marco Aurélio, com quem ele havia trabalhado no Palmeiras, não quis contar com o seu futebol para a temporada seguinte. O craque voltaria ao Palmeiras.

O RETORNO AO CRUZEIRO

A temporada de 2002 seria conturbada para Alex. Ele estava de volta ao Palmeiras, mas teve que defender o Parma, clube pelo qual fez apenas cinco jogos e, na sequência, conseguiu se desvincular. O destino no retorno ao Brasil seria o Cruzeiro. E Alex teve um auxílio fundamental para voltar a Belo Horizonte: o de Vanderlei Luxemburgo. Foi ele quem convocou Alex pela primeira vez para a Seleção Brasileira, em 1998. Alex viria a disputar a Copa América de 1999, o Pré-Olímpico e os Jogos Olímpicos de 2000 com o treinador. Luxa bancou a volta de Alex ao Cruzeiro, garantindo que devolveria ao clube o dinheiro gasto com os salários de Alex se ele não jogasse o esperado por ele. Luxemburgo tinha certeza de tal convicção. Alex seria brilhante vestindo novamente a camisa celeste.

O Cruzeiro, com Alex e Luxemburgo, não conseguiu a classificação para as oitavas de final do Brasileirão de 2002, fechando a competição em nono lugar, com os mesmos 39 pontos do Santos de Diego e Robinho, que viria a ser o campeão daquele ano. Quis o destino que o primeiro Brasileirão de pontos corridos fosse do Cruzeiro. do Cruzeiro de Alex. Mas a Raposa do camisa 10 não conquistaria "apenas" aquele Campeonato Brasileiro no inesquecível 2003 para o torcedor cruzeirense.

O TALENTO DE UM CRAQUE: GOLS, MAIS GOLS E TÍTULOS. MUITOS TÍTULOS!

O gol de letra no jogo de ida da final da Copa do Brasil (Foto: Arquivo LANCE!)Alex jogou tudo que sabia e mais um pouco em 2003. Foi a temporada em que mais marcou na carreira de artilheiro que construiu ao longo destes 19 anos. Foram 39 gols em 63 jogos. E Alex ainda colaborou com 39 assistências, número que também foi recorde na carreira. Aquele ano de 2003 foi o de recordes para o apoiador. De recordes para o Cruzeiro.

Contando com o talento de Alex, o Cruzeiro foi campeão mineiro, conquistou a Copa do Brasil e fechou a temporada de ouro levando o Campeonato Brasileiro alcançando incríveis 100 pontos após 46 jogos. Foram 13 a mais que o vice-campeão Santos. Alex colaborou com 24 gols, comandando a Raposa na conquista do segundo Brasileirão da história do clube.

Alex soma vários momentos especiais com a camisa do Cruzeiro. O primeiro, quis o destino, veio logo diante do clube que o revelou, o Coritiba, no dia 19 de agosto de 2001, em pleno Couto Pereira. Em sua reestreia pela Raposa, em 21 de setembro de 2002, o Cruzeiro venceu a Portuguesa, por 1 a 0 e no Canindé, com uma jogada iniciada pelo camisa 10. No Campeonato Mineiro de 2003, Alex marcou um dos gols da goleada diante do Villa Nova, por 3 a 0, e subiu em um dos alambrados do Castor Cifuentes, levando os cruzeirenses ao delírio. Ainda no Estadual, marcou dois e, de costas, deixou Marcelo Ramos na boa para marcar no 4 a 2 diante do rival Atlético-MG.

Alex também deixaria vários momentos registrados na memória dos cruzeienses na Copa do Brasil e no Brasileirão. No decisão da primeira, ele marcou de letra diante do Flamengo, no jogo de ida, em pleno Maracanã. Alex ainda "acabaria" com o jogo da volta, garantindo o segundo título do Cruzeiro na temporada. No Brasileirão em que alcançou o posto de maior artilheiro do Cruzeiro em uma edição da competição, com 24 gols, Alex "brincou" de fazer gols. Foram, por exemplo, cinco, sendo quatro de pênalti, nos 7 a 0 diante do Bahia dentro da Fonte Nova. Contra o Fluminense, um 5 a 2 no Mineirão com uma verdadeira pintura de Alex, que recebeu da esquerda, dominou com extrema categoria e, entre dois marcadores, encobriu o goleiro Kléber.

Alex ainda conquistaria o Campeonato Mineiro de 2004 antes de ser negociado com o Fenerbahçe, da Turquia, clube pelo qual também marcaria época ao longo de oito anos. Alexandro de Souza deixará a condição de atleta neste domingo, mas, para sempre, estará na memória dos cruzeirenses.

OS NÚMEROS DE ALEX PELO CRUZEIRO

2001 – 16 jogos, 4 gols e 3 assistências

2002 – 13 jogos, 2 dois e 7 assistências

2003 – 69 jogos, 39 gols e 39 assistências

2004 – 29 jogos, 19 gols e 12 assistências

Total – 121 jogos, 64 gols e 61 assistências

Títulos – Campeonato Mineiro (2003 e 2004), Copa do Brasil (2003) e Campeonato Brasileiro (2003)

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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