Funcionários do CT do Grêmio estão insatisfeitos
Cartilha de regras e condutas implantada em janeiro causam mal-estar entre funcionários e direção gremista.
Um documento de 15 páginas, elaborado pelo Diretor Executivo do Grêmio, Luis Vagner Vivian, tem gerado discussões entre a Direção do Grêmio e funcionários do CT Luiz Carvalho, que atende os atletas do elenco profissional.
Estes funcionários representam diversos cargos de apoio, como equipes de manutenção, limpeza, segurança, rouparia, motoristas, entre outros. E o motivo são, entre outros, as alegadas regras rígidas que o documento orienta. Entre essas regras, por exemplo, está a proibição de funcionários de pedirem autógrafos, conviverem no mesmo espaço ou, até mesmo, se dirigirem a jogadores. Práticas corriqueiras como assinaturas em camisetas estão proibidas, devendo passar por autorização por email e restringindo-se a causas sociais.
Mas os pontos mais divergentes dizem respeito às horas extras e às refeições no CT. Segundo a cartilha, os funcionários deverão optar por receberem o almoço que o clube oferece no refeitório ou receberem um vale alimentação. Neste caso, quem optar por trazer comida de casa, terá um local reservado para que a alimentação possa ser armazenada sob refrigeração e depois aquecida. Quem optar por comer a alimentação fornecida no refeitório, deixará de receber o Vale Alimentação.
Até pouco tempo atrás, eles recebiam o Vale e ainda poderiam se alimentar com a comida oferecida pelo CT. Quanto às horas extras, somente com autorização da direção.
Encontra-se na justiça uma denúncia de assédio moral contra motoristas do clube. Há relatos,. inclusive, de xingamentos por parte de membros da direção. Um profissional teria sido demitido no início da semana.
A Direção explica que houve um regramento em relação a estes temas, pois antes as horas extras não eram supervisionadas e alguns funcionários chegavam a dobrar de salário. E sobre o refeitório, a medida visa tornar a regra igual às que os outros funcionários, de outros locais (CT Cristal, CT Eldorado), se submetem.
Em janeiro de 2022 houve um episódio semelhante. Na ocasião, o então Vice-Presidente de Futebol, Dênis Abraão, e o CEO à época, Carlos Amodeo, restringiram a questão das horas extras e uso do refeitório. Houve protestos dos funcionários e jogadores como Kannemann participaram de uma negociação para contornar a situação.
O Presidente Alberto Guerra foi chamado para uma reunião na semana passada com representantes destes funcionários e prometeu verificar a situação.
A preocupação é que problemas com funcionários acabem respingando no dia-a-dia dos jogadores, uma vez que lidam diretamente com eles e o bom andamento do ambiente do CT depende destes profissionais.
Com a informação Lelê Pereira - @reporterlelepereira