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Fortaleza cai diante do Vélez e se despede da Libertadores 2025
Time cearense é eliminado nas oitavas de final após derrota em Buenos Aires e amplia cenário de crise na temporada
O Fortaleza entrou em campo no estádio José Amalfitani, em Buenos Aires, com a esperança de escrever uma nova página em sua história continental. No entanto, a noite desta terça-feira terminou com frustração para os torcedores tricolores. Derrotado pelo Vélez Sarsfield por 2 a 0, o clube cearense se despediu da Copa Libertadores ainda nas oitavas de final, mantendo a incômoda escrita de nunca ter alcançado as quartas do torneio.
O revés, além de representar o fim do sonho internacional, aumenta a pressão sobre o técnico Renato Paiva e escancara a instabilidade vivida pelo time em 2025. Já em situação delicada no Campeonato Brasileiro, ocupando a zona de rebaixamento, o Fortaleza agora terá de lidar com um ambiente ainda mais turbulento em seu retorno ao Brasil, onde protestos da torcida são esperados.
PRIMEIRO TEMPO SEM REAÇÃO
O jogo começou com o Vélez impondo intensidade, aproveitando o apoio da torcida e as falhas defensivas do adversário. Logo aos seis minutos, Carrizo abriu o placar de cabeça após cruzamento preciso de Gómez, colocando os argentinos em vantagem cedo.
O Fortaleza tentou responder em investidas individuais de Marinho, que arriscou duas finalizações, mas sem grande perigo. A fragilidade ficou evidente aos 27 minutos, quando um erro de passe de Deyverson no campo de ataque originou o contra-ataque fatal: Galván recebeu em velocidade e ampliou o marcador para o Vélez.
O time cearense demonstrava pouca capacidade de reação, sendo engolido pela marcação intensa e pelo ritmo acelerado imposto pelo adversário. O primeiro tempo terminou com um retrato preocupante: uma equipe brasileira desorganizada, sem competitividade e com dificuldade até para trocar passes no meio-campo.
TENTATIVA DE REAÇÃO E ELIMINAÇÃO CONFIRMADA
No intervalo, Renato Paiva fez mudanças na equipe. Deyverson, apagado, deixou o campo junto de Marinho e Breno Lopes. O treinador buscava uma resposta ofensiva, mas os substitutos também encontraram dificuldades.
Aos 12 minutos da etapa final, Lucca Prior até levou perigo, acertando a trave em lance que poderia mudar a história da partida. No entanto, o susto não abalou o Vélez, que se manteve sólido e administrou o resultado. Sob forte chuva em Buenos Aires, os argentinos controlaram o ritmo do jogo e garantiram a classificação sem grandes sobressaltos.
O apito final confirmou a superioridade do Vélez, que agora aguarda o vencedor do confronto entre Racing e Peñarol para as quartas de final. Do outro lado, o Fortaleza deixou o campo cabisbaixo, consciente de que desperdiçou mais uma chance de avançar no cenário continental.
ELIMINAÇÃO AMPLIA A CRISE
A derrota na Argentina não foi apenas uma eliminação esportiva, mas também um símbolo da fase delicada que o clube atravessa em 2025. Jogadores que já brilharam em outras edições da Libertadores, como Marinho e Deyverson, não conseguem repetir atuações de impacto. O trio ofensivo que começou a partida simbolizou uma equipe sem criatividade, sem intensidade e sem confiança.
A pressão sobre Renato Paiva cresce a cada rodada. O treinador, que chegou com a missão de dar continuidade ao projeto vitorioso dos últimos anos, ainda não conseguiu encontrar uma identidade clara para o time. As eliminações precoces em competições internacionais e a queda de rendimento no Brasileirão contrastam com temporadas anteriores, quando o Fortaleza equilibrava calendário e conseguia resultados consistentes.
A expectativa é de que a volta ao Brasil seja marcada por protestos da torcida. Em crise dentro e fora de campo, o clube terá pouco tempo para digerir a eliminação. O foco se volta integralmente para o Campeonato Brasileiro, onde o risco de rebaixamento já é realidade.
UM FUTURO INCERTO
O desafio do Fortaleza, a partir de agora, é retomar a confiança e reagir rapidamente no torneio nacional. A diretoria, por sua vez, precisa decidir se manterá o trabalho de Renato Paiva ou se optará por uma mudança no comando técnico como forma de tentar reverter a situação.
O que fica claro é que a temporada de 2025 caminha para ser uma das mais difíceis dos últimos anos para o clube. Sem a Libertadores e sem perspectiva de melhora imediata no Brasileirão, o Tricolor do Pici terá de buscar forças internas para não transformar um período de instabilidade em um ano de crise profunda.
