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Torcida do Flamengo faz festa para se despedir dos jogadores antes da final da Libertadores

Torcedores foram até a porta do Ninho do Urubu para mostrar apoio aos atletas, que viajam nesta quarta-feira para enfrentar o River Plate

20 nov 2019 - 12h32
(atualizado às 15h53)
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Os jogadores do Flamengo ganharam uma festa de despedida em grande estilo antes da viagem para Lima, onde o time disputa a final da Libertadores contra o River Plate, neste sábado, às 17h de Brasília. Torcedores lotaram a porta do centro de treinamento Ninho do Urubu, na zona oeste do Rio, onde o técnico Jorge Jesus, o Mister, comandou o último treino antes da viagem. O clima era de festa, com muitas bandeiras, fogos e com a torcida entoando sem descanso o hino do clube e outros hits da arquibancada do Maracanã.

Uma aglomeração se formou na porta do CT, tornando difícil a movimentação no local. Personagens como Mickey, Batman, um "Gabigolzinho" e um sósia do técnico do Flamengo se destacavam na multidão.

"Cheguei aqui às 8h30 e vou seguir até o aeroporto do Galeão. Essa placa está comigo desde o primeiro jogo do Flamengo na Libertadores. Meu objetivo é fazer homenagem ao Jesus. Minha expectativa é que o Flamengo vai ter um jogo muito duro, mas vai ganhar", disse o bancário aposentado João Roberto, de 64, que encarna o Mister e carrega o cartaz com os dizeres "Hoje tem Jesus no controle".

Já conhecido da torcida como Gabigolzinho, o Mini Gabigol, por se fantasiar com o cabelo e a barba do craque artilheiro do time, o pequeno Emerson Rebello, de 5 anos, acompanhava a festa nos ombros do pai, Wallace Rebello. Vestindo a camisa que ganhou de presente do próprio atacante, o menino fez com as mãos um 4 a 0 quando questionado sobre seu palpite para a final.

Rubro negra fanática, Flávia Banca conseguiu arrastar o marido botafoguense com ela e os dois filhos, Yasmin e Yago, 16 anos e 10 anos, respectivamente, para o Ninho do Urubu. "Trouxe os meninos para ver se convenço a virar flamenguista de uma vez. Vai ser 3 a 0: Gabigol, Arrascaeta e Bruno Henrique", arriscou.

Com o escudo do Flamengo tatuado no peito, o torcedor Carlos Felipe contou que queria ir ao jogo, em Lima, mas não conseguiu ingresso. Funcionário de uma siderúrgica, ele disse que não se importa nem um pouco em passar o feriado na porta do centro de treinamento do clube. "Mengão é paixão. Se estivesse trabalhando 'desenrolava' uma folga", brincou. Ele e mais milhares de torcedores agendaram de acompanhar o time até o embarque para o Peru.

Integrante da torcida organizada Fla Manguaça, Leonardo Barbosa, de 27, empunhava com empolgação uma bandeira do Flamengo. Ele lamentou não poder assistir a partida no estádio. "Acompanhei todos os jogos, fui até a Bolívia (no duelo com o Bolivar). A gente já tinha fechado três ônibus para Santiago, mas com a mudança da partida para Lima, ficou difícil", contou.

AMBULANTES

No embalo da boa fase do rubro-negro e da febre que toma conta do Rio, o vendedor Christian dos Santos inflacionou o preço dos copos com o escudo do time. "Era R$ 5,00 cada um, mas agora cobro R$10,00. Aumentaram bastante as vendas, mas também a concorrência", disse o ambulante flamenguista, que espera uma vitória por 4 a 1 no sábado.

Viaturas e motocicletas da Polícia Militar ficaram a postos o dia inteiro para fazer a escolta dos ônibus (dois) que levaram o time e a equipe técnica até o Aeroporto Internacional do Galeão, saindo do Ninho. A previsão do embarque era 15h30. Parte da torcida pretendia seguir os jogadores até lá. O embarque será realizado pelo terminal de cargas, sem passagem dos atletas pelo saguão. O técnico Jorge Jesus também pediu para que familiares dos jogadores viajassem em outro voo.

O treino pela manhã contou com a equipe completa, sem desfalques. A imprensa pode acompanhar apenas o aquecimento, por cerca de dez minutos.

FESTA NO AEROPORTO

A festa no aeroporto foi no mesmo tom, ou maior. Os flamenguistas que não puderam ir ao Ninho do Urubu resolveram acordar nesta quarta e ir direto para o Galeão. Havia muitos torcedores à espera do time. A PM não soube estimar. Quando o ônibus do clube apontou na entrada de carga, já não era mais possível trafegar. A multidão rubro-negra cercou os dois ônibus e ficou praticamente impossível andar. Todo o cuidado era pouco para que ninguém fosse atropelado. Minutos antes das 15h, os jogadores desembarcaram do ônibus para entrar no setor de cargas, onde um avião fretado com logo da CBF estava preparado para embarcar.

Pelas regras de disputa da Conmebol, tanto River Plate quanto Flamengo tinham de chegar em Lima até as 22h, horário de Brasília e 20h horário de Lima. Quinta e sexta, os rivais cumprem protocolos e fazem seus últimos treinos antes da partida.

Estadão
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