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Crise interna: José Boto avalia deixar o Flamengo após veto a contratação e desgaste no clube
Boto não esconde a insatisfação com a forma como a negociação foi barrada, mesmo com aval anterior da comissão técnica e boa avaliação do departamento de scout
A crise nos bastidores do Flamengo ganhou mais um capítulo. O diretor de futebol José Boto avalia pedir demissão após o presidente BAP vetar a contratação do atacante irlandês Mikey Johnston, já acertado com o clube.
Boto não esconde a insatisfação com a forma como a negociação foi barrada, mesmo com aval anterior da comissão técnica e boa avaliação do departamento de scout. A fritura interna tem aumentado nas últimas semanas, e o desgaste com parte do elenco e da diretoria se intensificou.
O atrito no departamento de futebol não é de hoje. Desde a eliminação precoce na Copa do Mundo de Clubes, disputada no início do ano, o ambiente ficou mais conturbado. Jogadores demonstraram incômodo com a atuação de Boto e também com Filipe Luís, membro da comissão técnica.
Com o veto a Johnston, o diretor português vê seu trabalho sendo minado e aguarda uma posição firme da presidência sobre sua continuidade. O episódio colocou em xeque o discurso de profissionalismo e autonomia defendido por BAP ao trazer Boto, que chegou ao clube com a promessa de modernizar a gestão do futebol.
Enquanto o Flamengo vive boa fase em campo, a turbulência nos bastidores ameaça o projeto esportivo. Internamente, há quem veja o momento como um divisor de águas para a permanência ou não de José Boto no clube.
