O técnico do São Paulo, Nelsinho Baptista, sempre foi um profissional sério.
Como jogador, foi um lateral-direito eficiente, correto. Seu próprio biotipo
mostra que soube usar a inteligência para sempre atuar nos times principais
da Ponte Preta, do São Paulo, do Santos. Agora, como técnico, continua
exercendo a profissão com seriedade e respeito. Assim, causou surpresa a
medida adotada pelo técnico, mandando embora do São Paulo, Carlos Miguel,
Rogério Pinheiro e Gustavo Nery.
Nelsinho não trabalha mais com esse
profissionais. Segundo o treinador, Carlos Miguel jamais se firmou como
titular da equipe. Custou 4 milhões de reais, ganha um dos maiores salários
do clube, mais de 100 mil reais por mês, e nunca justificou o investimento.
Ameaça jogar, liderar o time, acertar o meio-campo, joga bem duas partidas e
faz corpo mole. Vive no departamento médico com ou sem justificativa. Além
disso, parece que descobriu e gostou dos encantos da noite dessa São Paulo
desvairada.
Rogério Pinheiro foi afastado porque reclama demais quando não
joga. Quando joga, não justifica a condição de titular. Consta que não se
aplicava nos treinamentos. Suas atitudes poderiam influenciar os mais novos.
Gustavo Nery é ousado de não manter a regularidade como titular. Joga quando
quer. Não enfrenta situações difíceis. Nelsinho já avisou os três jogadores,
cara a cara, que se eles fizerem onda, o treinador vai contar muito mais. Os
empresários dos três atletas querem de toda maneira falar com Nelsinho
Baptista. O técnico não vai atendê-los, não quer papo. O treinador vai
oxigenar, despoluir o São Paulo, não quer ser fritado pelos jogadores, como
foram Minelli, Carpegiani, Levir Culpi e Vadão. Vai limpar o elenco, como
fez Telê Santana. Que se cuidem Belletti e Alexandre.
O treinador tem o apoio de grande parte do elenco da diretoria e de quem tem influência no clube, o ex-presidente Antonio Nunes Leme Galvão, um dos cardeais da história
tricolor. O treinador está garantido no cargo, o resto é papo furado.