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Fernando Santos
Sábado, 06 Outubro de 2001, 14h26
terraesportes@terra.com.br

A 1ª crise de Jordan


A volta de Michael Jordan já provocou a primeira crise. Uma crise de ciúmes, como é natural no mundo de vaidades do basquete norte-americano. A reação partiu do Los Angeles Lakers, atual bicampeão da liga, que está sendo deixado em segundo plano.

O motivo da briga é o provável adiamento da tradicional festa oficial de premiação da equipe campeã. Ela acontece sempre na primeira partida em casa do time. Este ano, a data coincide com a abertura da temporada, no próximo dia 30. É também o dia da reestréia de Michael Jordan.

Em outra ocasião, a NBA estaria focando suas campanhas publicitárias para a tentativa de Shaq e Kobe de conquistar o terceiro título consecutivo. Mas não. A ESPN/Internacional, por exemplo, anuncia com insistência a primeira partida... de Jordan.

Não bastasse a volta do rei, que por si só já é um acontecimento mundial, ela irá ocorrer justamente no Madison Square Garden. E o templo do basquete fica justamente em Nova York, a cidade mais atingida pelos ataques terroristas do último dia 11.

A NBA, seguindo a onda patriótica nos EUA, está se preparando para lembrar as milhares de vítimas dos ataques a Nova York e Washington. E, não por caso, ainda irá coincidir com o jogo histórico de Jordan.

Para o Lakers, a liga está preocupada apenas em promover a partida de Michael, e por isso deixou os bicampeões de lado. A cerimônia de premiação deve ficar para o dia 2 de novembro.

A NBA nega que esteja menosprezando a equipe que continua sendo favorita a mais um título. Diz, em comunicado oficial, que a abertura da temporada não pode se caracterizar como um momento de festa, já que o país ainda está abalado pelo terrorismo.

Difícil é convencer o Lakers. Mas já era evidente que todas as atenções, a partir de agora, estariam voltadas para Michael Jordan. Mesmo que ele esteja jogando numa equipe sem aparentes chances de sequer chegar aos playoffs.

A NBA, como sempre, está se orientando pelo marketing. Por mais que tente badalar Shaquille O'Neal e Kobe Bryant, os dois, juntos, não têm o carisma de Jordan, nem que o rei estivesse de bengalas. E a liga ainda não teve a oportunidade de se render à corrente patriótica, como já aconteceu com o futebol americano e o beisebol.

Nesse momento, o melhor seria mesmo o Lakers esquecer a festa de premiação. E se preparar para outra festa: a do tricampeonato.

 

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