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Juarez Soares
Sexta-feira, 14 Setembro de 2001, 10h56
terraesportes@terra.com.br

Urubus, leões e cobras


Acho que foi o ex-técnico e jogador de futebol Francisco Sarno, já falecido, que escreveu um livro chamado “Futebol, A Dança do Diabo”. Ao que me lembro, contava lá agruras da vida de futebolista e treinador. Principalmente de técnico.

O entra e sai incessante nos clubes por esse Brasil afora. O profissional que hoje está empregado pela manhã, à noite, por um erro do juiz, uma falha do goleiro, um pênalti mal cobrado... E lá se vai o emprego.

Como dizia um técnico português, Ondino Vieira: “Na vitória o treinador é bestial, na derrota, uma besta”.

Volto ao assunto porque acompanhei a entrevista de Serginho Chulapa, chamando de “urubu” seu desafeto Emerson Leão. Chulapa afirmou que Leão telefonou para o Santos à procura de emprego enquanto ele ainda estava no cargo. Disse que a prática é comum entre esses profissionais. Um agourando o outro, na boca, à espera da desgraça alheia.

Emerson Leão contra-atacou dizendo que jamais fez isso. Ao contrário, foi um diretor do Santos que o procurou, sondando a possibilidade de contratá-lo, fato que ele rejeitou de imediato. “Ele é Leão, não urubu”, respondeu.

Este fato tão atual envolvendo ex-jogadores da Seleção Brasileira que disputaram Copa do Mundo mostra um lado pouco conhecido dessa “Dança do Diabo”. No microcosmo do futebol, quem é do ramo sabe que esse procedimento é corriqueiro, um querendo o lugar do outro. No caso específico, Leão criticou o baixo nível de Serginho e elogiou Cabralzinho, de quem é muito amigo. Jogaram juntos no Palmeiras, estudaram na mesma faculdade. Leão é até padrinho de casamento do atual técnico santista.

Essa é apenas uma discussão que veio a público. Uma pequena amostragem da luta entre essas cobras criadas e com veneno que atuam no futebol brasileiro. Pobre futebol brasileiro.

 

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