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Fernando Santos
Quinta-feira, 13 Setembro de 2001, 16h41
terraesportes@terra.com.br

Terror em Franca


A onda de terrorismo nos EUA atingiu Franca. Claro, em proporções e conseqüências muito menores. O torcedor de basquete deve ter ficado também estarrecido ao ver na TV o presidente do Franca Basquete afirmar que o time está a ponto de acabar.

Como as Torres Gêmeas de Nova York, símbolos da soberania econômica dos EUA, Franca é também um símbolo, ícone do basquete brasileiro. Nenhum outro clube do país tem a tradição e a fama da equipe do interior de São Paulo. Mas está para ir ao chão, como o World Trade Center.

Culpados? Bem, esse assunto já foi extensivamente comentado. A estrutura do basquete nacional está falida há anos. Esse modelo de clube+patrocinador não resiste mais. Há pouco tempo, Rio Claro era também uma potência do basquete. Hoje, talvez não tenham sobrado nem as tabelas.

Em entrevista à TV Globo, José Ricardo Rodrigues, presidente do Franca, disse, em tom aterrorizador, que se não conseguir patrocínio, o time acaba. Ele está apelando à indústria de calçados da cidade, aos sapateiros e engraxates, a qualquer um que esteja disposto a ajudar a equipe. Lançou uma campanha de sócio- torcedor, que ainda não reuniu nem 10% do necessário para bancar os custos da equipe.

Como a Manhatan devastada, Franca caminha para o mesmo cenário. É claro que diante das declarações desesperadoras do dirigente existe uma tentativa de sensibilizar não só empresários, como dirigentes do basquete. Se for depender de seus "colegas", então é melhor preparar o obituário.

A classe diretiva do basquete está em estado de hibernação. Veja o que acontece com o basquete feminino, em situação tão ou muito mais dramática do que a de Franca. Há semanas, surgiu a informação de que a Confederação Brasileira estaria se associando à empresa Pelé Sports & Marketing, acordo que ainda não foi confirmado oficialmente. Seria essa a saída?

A certeza é que o modelo atual de gestão dos clubes não pode continuar como está, de jeito nenhum. É preciso a profissionalização em todos os níveis. Porque, desta maneira, o sistema atual está se revelando como a força terrorista do nosso basquete.

 

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