/images.terra.com/2022/09/22/bandeira-brasil-1iyf0cau4qgxl.png "Logo do Seleção Brasileira")
Superstar, embaixador e "imortal": Arda é o astro da Turquia
Muito se falou sobre a volta de Thiago Silva à Seleção Brasileira para o amistoso desta quarta-feira, às 16h30 (de Brasília), contra a Turquia, em Istambul. E as perguntas para o zagueiro Miranda, titular com Dunga nos quatro primeiros jogos do treinador, tiveram o ex-capitão do Brasil como principal tema. Mas pelo visto, Miranda – que será titular novamente – não está pensando muito em Thiago Silva. O defensor do Atlético de Madrid tem outro nome para se preocupar: seu companheiro de clube e adversário pela seleção, o meia turco Arda Turan.
"O Arda é um craque", resumiu Miranda quando questionado sobre o camisa 10 rival. "É o grande jogador da Turquia, um jogador diferenciado, de muita qualidade. É o cara que pode surpreender nós da Seleção, e temos que ter muito cuidado com esse jogador, porque pode definir o jogo em um lance. Tem um talento muito especial".
Talento que começou a surgir em 2005, quando Arda foi lançado ao time principal do Galatasaray com 18 anos. Rapidamente se tornando um dos favoritos da torcida, o meia de drible seco, passe preciso e chute forte evoluiu no campo e fora dele. Jogou no time turco por seis temporadas, virando uma estrela do futebol local; saiu para defender o Atlético de Madrid em 2011, mas acompanha até hoje os jogos do Galatasaray.
Em Istambul, cartaz que promove amistoso destaca Arda Turan (Foto: Leandro Miranda/Terra)
Fora dos gramados, também se transformou em superstar, um dos rostos mais populares do país – uma espécie de David Beckham da Turquia. É adorado pelos fãs de futebol do país. "Arda é o número 1!", gritam os turcos quando perguntados por ele. No cartaz promocional do amistoso desta quarta, o meia divide com Neymar o espaço principal.
Ajudam também os "feitos" de Arda fora de campo. Entre 2009 e 2013, ele namorou a atriz turca Sinem Kobal, atraindo ainda mais mídia para si. Conhecido também por trabalhos humanitários e sociais, desde maio deste ano o jogador é um embaixador da paz pelo massacre de Khojaly, que matou pelo menos 161 civis do Azerbaijão em um ataque de forças armênias em 1992 – uma jogada do governo azerbaijano, que patrocina a camisa do Atlético de Madrid.
Outra faceta de Arda é sua "imortalidade": ele já desmaiou em campo em 2008 com uma arritmia cardíaca provocada por exaustão, mas foi liberado para voltar a jogar logo depois; já pegou gripe suína e voltou a treinar em poucos dias; e uma batida forte em 2009, que deixou seu carro destruído, provocou apenas cortes e arranhões no jogador.
A resistência do camisa 10 também se vê dentro de campo: além do talento com a bola nos pés, é um lutador incansável na marcação e tem energia para correr sem parar durante os 90 minutos. Miranda e o Atlético de Madrid conhecem bem suas virtudes – e sabem da falta que o turco fez na final da Liga dos Campeões de 2014, quando, lesionado, não esteve em campo na derrota para o Real Madrid. Nesta quarta, Arda estará. E o Brasil tem que tomar cuidado.
Carismático e talentoso: Arda Turan é a estrela da seleção turca (Foto: Gonzalo Arroyo Moreno/Getty Images)
