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Seleção jogará em cidade alvo de mísseis de guerra

Riad, capital da Arábia Saudita e palco de amistoso com a seleção local, teve sete ataques aéreos desde novembro

10 out 2018 - 05h11
(atualizado às 09h39)
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A seleção brasileira deixa Londres, na Inglaterra, e viaja hoje para Riad, capital da Arábia Saudita, para amistosos contra a seleção local e a Argentina, em meio ao clima de tensão no Oriente Médio. A guerra civil no Iêmen, vizinho à Arábia Saudita, fez com que o Ministério das Relações, por exemplo, emitisse aos cidadãos brasileiros a recomendação de que viajassem ao país "com alto grau de cautela". Riad, local do jogo contra a Arábia Saudita, sexta-feira, já foi alvo de sete ataques por mísseis desde novembro do ano passado de acordo com a Embaixada do Brasil no país - um cidadão egípcio morreu em decorrência de um destroço que caiu sobre sua casa.

O último ataque com mísseis contra Riad disparados pelos rebeldes houthis, do Iêmen, ocorreu no dia 24 de junho. Como já se passaram mais de três meses desde aquele episódio, a Embaixada do Brasil em Riad acredita ser possível que a força de coalizão liderada pela Arábia Saudita de combate aos houthis em território iemenita tenha conseguido eliminar as plataformas de lançamentos.

Neymar comemora gol marcado em amistoso do Brasil contra os EUA
Neymar comemora gol marcado em amistoso do Brasil contra os EUA
Foto: Brad Penner-USA TODAY Sports / Reuters

Isso, no entanto, não elimina o estado de atenção. A maior preocupação está na região sul da Arábia Saudita, sobretudo nas províncias de Jizan, Asir e Najran, que fazem fronteira com o Iêmen, onde se desenrola o conflito há três anos e meio.

Flavio Marega, embaixador do Brasil na Arábia Saudita e no Iêmen, diz que não existe, a princípio, nenhuma ameaça ou perigo real à seleção brasileira, mas alerta para "ataques esporádicos de mísseis contra Riad" lançados pelos houthis. "As condições de segurança em Riad e demais grandes cidades da Arábia Saudita são excelentes, devido ao fato de ser um país ostensivamente policiado. Não existem assaltos e o número de homicídios é muito pequeno, visto que o porte de armas é absolutamente controlado pelas autoridades. O único problema, naturalmente, decorre dos ataques esporádicos de mísseis contra Riad", disse Marega ao Estado.

A situação de tensão na Arábia Saudita, inclusive, fez com que a Embaixada em Riad e os ministérios das Relações Exteriores e da Defesa no Brasil elaborassem um plano de evacuação emergencial da comunidade brasileira na Arábia Saudita no caso de guerra ou crise humanitária. Entre as recomendações de segurança a brasileiros na Arábia Saudita, o Itamaraty orienta que os cidadãos do País, em caso de ataques, procurem locais seguros, com suprimentos de emergência, lanternas e meios de comunicação, incluindo telefone.

Roteiro

Após três dias de treinos em Londres, a seleção chegará a Riad na madrugada de amanhã. O time treina no estádio da Universidade King Saud e, no dia seguinte, às 15h (horário de Brasília), enfrenta a Arábia Saudita no mesmo local.

Após a partida, a delegação embarca para Jeddah, onde fará dois treinos no estádio Prince Mohammed Bin Abdullah Al Faisal (sábado e domingo). Na segunda-feira, o treinamento será no estádio King Abdullah Sports. Na terça-feira, a seleção joga contra a Argentina, também às 15h (horário de Brasília), no estádio.

CBF garante que delegação está totalmente segura

A CBF não vê problemas em relação à segurança da seleção durante a estada na Arábia Saudita. A entidade informou que todos os integrantes da delegação receberam as orientações necessárias a fim de evitar qualquer incidente e que a empresa responsável pela marcação dos amistosos tomou todas as providências para garantir a segurança dos brasileiros.

"O clima é de total tranquilidade quanto à estrutura disponibilizada para a realização das partidas'', garantiu a CBF, por meio de sua assessoria.

Questionada sobre se pediu apoio à embaixada brasileira em Riad para a delegação, a CBF disse que seu secretário-geral, Walter Feldman, teve "uma conversa muito boa com o embaixador Flávio Marega, que demonstrou total tranquilidade quanto à estada da seleção no país''.

A CBF afirmou que embaixador relatou haver grande expectativa do povo árabe em relação à presença da seleção brasileira.

Sobre os motivos que levaram à marcação dos dois amistosos da seleção em território saudita, a CBF argumentou que "os adversários escolhidos preenchem os requisitos desejados pela comissão técnica'' e ressaltou que "a empresa detentora dos direitos dos amistosos é responsável por providenciar toda a parte de logística e segurança junto às autoridades locais''.

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