Dunga tira lições do fracasso da Seleção na Copa da África

A Copa de 2010 foi emblemática para Dunga. O ex-jogador sempre viveu altos e baixos na carreira e foi apontado como vilão no Mundial de 1990, na Itália, após a eliminação para a Argentina, nas oitavas de final. Em 2010, o capitão do tetra assumiu o posto mais alto de um comandante: virou técnico da Seleção Brasileira. No entanto, nas quartas de final, a equipe fracassou diante da Holanda.

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Naquela competição, Dunga colecionou desafetos. No entanto, ele afirmou que o prazer de comandar a Seleção Brasileira foi maior do que as brigas e críticas sofridas durante a Copa.

“Ser treinador da Seleção dá muito mais prazer do que desgosto. O ambiente é muito bom, com os jogadores comprometidos. Vivia a minha vida e colocava a minha forma de pensar. Nos divertíamos muito até mesmo com as coletivas. Já sabíamos como seriam as perguntas. O treinador também estuda vocês (imprensa). Sou ser humano e tenho reação. Nunca neguei resposta para ninguém e não deixei uma pergunta sem resposta, mesmo que a pessoa não tenha gostado”, lembrou Dunga.

Na Copa dos Estados Unidos, em 1994, coube ao volante a braçadeira de capitão. Além disso, foram quatro anos vivendo a angústia de apagar a "Era Dunga", como ficou conhecida a geração de 90, na Itália. O ex-líder brasileiro sabe que o que acontece hoje em dia não era diferente de 94, quando até mesmo Parreira, que voltou como solução para o comando da Seleção, foi questionado.

“Em 94, o Parreira queria sair e falamos com ele que era assim mesmo, não era nada contra ele. A crítica vai sempre existir, mas precisa ter convicção no seu trabalho e no grupo montado. Além disso, você precisa confiar nas escolhas. Não dá para depender de um jogador só. O importante é o grupo dar resposta, como fizemos naquela Copa”, destacou Dunga.

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