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Secretário do Rio de Janeiro questiona venda do Botafogo

Apesar de se mostrar favorável ao negócio, Pedro Paulo abordou a 'rapidez' para fazer o projeto sair do papel

26 dez 2021 - 22h15
(atualizado em 26/12/2021 às 09h21)
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Depois de o deputado Rodrigo Maia, torcedor declarado do Botafogo, criticar a venda da SAF do clube carioca, foi a vez do Secretário de Fazenda e Planejamento do Rio, Pedro Paulo, questionar o projeto. Apesar de favorável ao negócio, ele aborda a rapidez para fazer o projeto sair do papel.

"Essa primeira onda de investimentos está se aproveitando da fragilidade dos clubes para comprar com preço bem baixo; Os primeiros grandes negócios do futebol vão acontecer, provavelmente, com o Athletico Paranaense, que tem patrimônio e está super equilibrado. Tanto Cruzeiro quanto Botafogo estão se viabilizando através da dívida parcelada por lei e nos 20% das receitas da SAF", disse no Twitter.

"Esse dinheiro que está chegando viabiliza o fluxo de caixa de curto prazo mas nem de longe faz frente à dívida desses clubes, que passa de milhões de reais e que só será paga a longo prazo e contando que a gestão daqui pra frente seja 1 bilhão exitosa; O Cruzeiro por exemplo foi valorizado em US$ 8 milhões (o capital da SAF deles é de US$ 80 milhões. Ronaldo coloca US$ 72 milhões e tem 90%). Será que o futebol do Cruzeiro vale só US$ 8 milhões?", completou Pedro Paulo.

O acordo entre Botafogo e John Textor, que também é dono de 18% do Crystal Palace, da Premier League inglesa, prevê a venda de 90% das ações da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do clube em troca de um investimento de R$ 410 milhões. Pedro Paulo continua o raciocínio comparando Cruzeiro e o clube carioca,

"Mesmo na série B a receita do clube passa de R$ 50 milhões/ano. Imagina receber um negócio gerando esse valor e sem compromisso de dívida além de R$ 10 milhões/ano. Ou seja, R$ 40 milhões/ano de receita livre. Faz a conta aí do valuation por fluxo de caixa descontado. Essa empresa deveria valer mais 200 milhões! O Botafogo na Série A terá mais de R$ 150 milhões de receita/ano, com R$ 30 milhões comprometido com a dívida. Sobram R$ 115 milhões livres. Só a parte dele na SAF deveria vale mais de R$ 500 milhões. Como o investidor compra 90% com R$ 400 milhões parcelados? Com os dados que disponho, me parece pouco", falou.

"É bem verdade que esses clubes comprados agora, podem ser vendidos assim que estiverem mais saudáveis para outros investidores; Também precisamos ver como os conselhos desses clubes vão aprovar esses negócios. Por enquanto só tem cartas de intenções; E por outro lado, a margem EBITDA dos clubes bem geridos tem sido um pouco superior a 20%. Se descontar os 20% das receitas para pagamento de dívidas, o EBITDA remanescente é próximo a zero, por isso o valuation é tão baixo", explicou.

"Tanto Cruzeiro quanto Botafogo estão insolventes. Obviamente, os compradores estão considerando que irão obter um bom deságio para conseguirem quitar as dívidas em 10 anos com 20% das receitas ou 50% dos dividendos devidos ao clube; Só que com a dívida reestruturada dessa forma, com total segurança que está limitada a 20% da 'receitas correntes mensais', qual a pressa em pagar as dívidas".

No Twitter, Pedro conclui a crítica abordando novamente a velocidade adotada para finalizar as negociações.

"Sinceramente, ainda que tornar empresa é o caminho positivo para o Botafogo, não entendi a pressa. R$ 400 milhões não resolve seus problemas. O clube estava se organizando. Controle das dívidas, valorização do ativo (acabamos de estender a concessão do Estádio Nilton Santos), etc". declarou.

"Que me desculpem os mineiros, mas o Botafogo tem muita mais história e visibilidade internacional se comparado ao Cruzeiro. O clube acabou de subir para a Série A. Repito, não entendi esse negócio feito às pressas; Importante lembrar outro ponto. O Botafogo aderiu ao Regime de Centralização das Execuções, criado pela Lei da SAF. Porém, o plano de pagamentos apresentado ainda não está aprovado e, pior, esse mecanismo é novo, mal regulamentado e nunca foi testado pelos tribunais", comentou.

"Isso pode gerar insegurança jurídica e risco do investidor abandonar a operação, caso o controle das dívidas não seja efetivo. No meu PL do Clube Empresa, aprovado na Câmara, mecanismo era a RJ ou Rextrajudicial, mecanismos já conhecidos e bastante testados! Em resumo, me pareceu apressada a operação. Penso que com pouco mais de calma, a venda poderia envolver recursos para resolver  mais problemas. Cheguei ouvir que tinham proposta de fundo americano de R$ 700 milhões. Nesse cenário, o que nos resta é torcer p dar certo, mas os riscos não são pequenos". finalizou.

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