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Após negativa de Guanaes, Botafogo define perfil para novo treinador; confira
John Textor centraliza o processo, busca técnico com mentalidade ofensiva, maior intensidade à beira do campo e capacidade de potencializar o time ao longo dos jogos
Após a recusa de Rafael Guanaes, técnico do Mirassol, o Botafogo ajustou o foco e definiu com mais clareza o perfil do profissional que pretende contratar para substituir Davide Ancelotti.
A procura por um novo comandante deve ganhar ritmo a partir da próxima semana e está novamente concentrada nas mãos de John Textor, acionista majoritário da SAF alvinegra. As informações foram apuradas pelo Globo Esporte.
O empresário americano entende que o time ainda não atingiu o padrão de jogo desejado e quer um treinador capaz de elevar o nível coletivo, especialmente na conexão entre os setores.
A prioridade é por um futebol mais fluido pelo meio-campo, com circulação rápida da bola, movimentações intensas e presença constante no terço final do adversário. Para Textor, o Botafogo precisa oferecer múltiplas opções ofensivas, a ponto de dificultar a organização defensiva rival e gerar dúvidas constantes na transição.
A manutenção de uma mentalidade ofensiva segue como pilar central do projeto esportivo, frequentemente chamado internamente de "Botafogo Way".
Além do modelo de jogo, o comportamento do treinador também pesa: a avaliação é de que Davide Ancelotti tinha um perfil mais discreto à beira do campo, e a ideia agora é encontrar alguém mais ativo, participativo e vocal durante as partidas.
Outro ponto considerado essencial é a capacidade de gestão do elenco e de leitura dos jogos. Textor busca um técnico ambicioso, que consiga extrair respostas do time ao longo das partidas, especialmente nos intervalos, com ajustes que façam o Botafogo crescer no segundo tempo. A habilidade de potencializar o desempenho coletivo e individual é vista como diferencial no processo.
Embora conte com o apoio do departamento de futebol, a decisão final passa obrigatoriamente pelo crivo do americano. A diretoria sugere nomes, mas Textor analisa estilo de jogo, histórico e alinhamento de ideias antes de avançar. Somente depois dessa triagem é que a etapa de entrevistas é iniciada, conduzida pelo próprio empresário, em conversas diretas para avaliar se ambições e condições estão em sintonia.
Até o momento, o clube ainda não iniciou oficialmente essa fase de entrevistas. Além de Guanaes, que era tratado como prioridade inicial e acabou recusando a investida, outros nomes estão no radar, como Luís Castro, atualmente sem clube após deixar o Nantes, e Vasco Matos, que já esteve próximo de assumir o Botafogo no passado. Por ora, não há propostas formais em andamento.
A saída de Davide Ancelotti foi confirmada na última quarta-feira (17) e teve como principal ponto de ruptura um impasse envolvendo o preparador físico Luca Guerra. A diretoria defendia a saída do profissional, alvo de críticas pela intensidade dos treinos e pelo número de lesões musculares, enquanto o treinador italiano considerava Guerra peça indispensável em sua comissão. Ancelotti deixa o Botafogo após 33 partidas, com 15 vitórias, 11 empates e sete derrotas.
