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Elenco recheado de estrelas e espaço nas laterais: veja pontos fortes e fracos da Bélgica

6 jul 2018 - 09h01
(atualizado às 12h10)
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A Bélgica foi a primeira seleção europeia a garantir classificação para a Copa do Mundo. Nas eliminatórias, a equipe de Roberto Martínez fez parte do Grupo H, junto de Grécia, Bósnia e Herzegovina, Estônia, Chipre e Gibraltar, onde terminou com a liderança e de forma invicta ao ganhar nove partidas e empatar uma, marcando 46 gols e tomando apenas seis, números que colocaram os belgas como melhor ataque da Europa, com média de quase cinco gols por jogo.

Se o ataque é o ponto forte, a defesa é o fraco. Após a queda precoce na Eurocopa de 2016, quando perdeu nas quartas de final para o País de Gales, Marc Wilmots foi demitido e Roberto Martínez assumiu o cargo. A primeira mudança na escalação foi no setor defensivo. A seleção belga sofre com a lateral esquerda, uma vez que não tem um jogador do nível do restante do time para a posição. Por isso, o treinador ex-Everton abriu mão de um sistema com quatro defensores para jogar com três zagueiros e dois alas. Pela direita, Meunier, lateral de origem, enquanto na esquerda, Chadli ou Carrasco, pontas recuados. Porém, os três têm dificuldades para recompor o setor e dão espaços nas extremidades do campo, tanto é que o primeiro gol do Japão nas oitavas de final foi construído em um contra-ataque nas costas de Carrasco, que deixou o zagueiro exposto.

O esquema adotado pelo treinador espanhol tem feito a Bélgica sofrer com a instabilidade defensiva. A equipe alterna entre boas atuações no setor, como na vitória diante da Inglaterra, e fracas, como no triunfo frente à Tunísia em que sofreu dois gols. Durante todo o ciclo o pré-Copa foi assim. Por exemplo, na mesma semana, em partidas amistosas, venceu o Japão sem sofrer gols e empatou com o México tomando três tentos.

Para piorar a situação, dois dos três titulares da zaga chegaram à Copa do Mundo sem ritmo de jogo. Lesionado, Toby Alderweireld perdeu boa parte da temporada e não conseguiu readquirir sua melhor condição física por causa de discussões contratuais, que o afastaram de algumas partidas do Tottenham. Kompany, por sua vez, sofreu uma contusão na panturrilha a 15 dias do Mundial e só estreou na competição contra a Inglaterra, quando entrou no final da partida.

Do meio-campo para o ataque, a Bélgica tem jogadores de renome internacional. A dupla de volantes, formada por De Bruyne e Witsel, tem por característica qualificar o passe, porém, deixa a zaga exposta, uma vez que ambos não são bons marcadores. Como Carrasco e Meunier ocupam as laterais do campo, Mertens e Hazard atuam como meias que tendem a centralizar, encostando em Lukaku. Essa aproximação dos jogadores mais adiantados do meio-campo fez bem para o atacante do Manchester United, que deslanchou a marcar gols. Aliás, já são nove nos últimos sete jogos, contando as partidas da Copa do Mundo.

Um ponto curioso da equipe belga é a capacidade para reverter vantagens. A virada para cima do Japão não foi algo novo para os comandados de Roberto Martínez, uma vez que já haviam passado por situações parecidas nas Eliminatórias e em partidas amigáveis. Contra Bósnia e Herzegovina, México, Costa Rica e Rússia, os belgas saíram atrás do placar e garantiram ao menos o empate no final do jogo.

Dos 23 convocados da seleção belga, 16 jogaram a Copa do Mundo de 2014, sendo que 10 são considerados titulares. Dessa maneira, a ótima geração dos Diabos Vermelhos já tem certa experiência no torneio. Mais do que isso, de quatro anos para cá, De Bruyne, Lukaku, Eden Hazard, Courtois passaram de promessas para realidades, se tornando estrelas e protagonistas de seus clubes.

De qualquer maneira, o time de Roberto Martínez será o mais difícil e talentoso adversário que a Seleção Brasileira enfrentará no Mundial até agora. A partida que decidirá o segundo semifinalista do torneio acontecerá nesta sexta-feira, em Kazan, às 15 horas (de Brasília).

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