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F1 e FIA lamentam decepção na Bélgica, mas exaltam segurança

Comunicado assinado por categoria e entidade explica decisão de realizar GP curto, que não teve voltas em bandeira verde por chuva constante

29 ago 2021 - 16h05
(atualizado às 17h12)
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Depois de três horas e 17 minutos de espera, a F1 partiu para tentar correr em Spa
Depois de três horas e 17 minutos de espera, a F1 partiu para tentar correr em Spa
Foto: Fórmula 1/Twitter / Grande Prêmio
 
A Fórmula 1 sente que fez o possível neste domingo em Spa-Francorchamps. Refletindo sobre um GP da Bélgica que não teve uma única volta com bandeira verde, a categoria lamentou as péssimas condições climáticas e reforçou o foco na segurança de todos.

O comunicado é assinado pela F1, representada pelo grupo Liberty Media, e pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). A categoria e a entidade aplaudiram os esforços da direção de prova, capitaneada por Michael Masi.

"Após as grandes interrupções climáticas no GP da Bélgica de 2021, FIA e Fórmula 1 lamentam por não entregar uma corrida completa aos fãs, tanto na pista quanto em casa", apontou o comunicado. "Entretanto, a segurança de pilotos, fiscais e espectadores precisa ser a prioridade. A decisão dos comissários de aumentar a janela para a corrida nos deu a maior oportunidade de maximizar a pilotagem no dia. Infelizmente, as condições climáticas não melhoraram a ponto de permitir mais voltas", seguiu.

Grid de largada do GP da Bélgica, que nem aconteceu direito
Grid de largada do GP da Bélgica, que nem aconteceu direito
Foto: Reprodução/F1 TV / Grande Prêmio

"Grande decepção hoje em Spa. Infelizmente, as condições climáticas não permitiram uma corrida normal. Lamento pelos fãs e fico ansioso para o próximo GP, em Zandvoort", concordou Jean Todt, presidente da FIA, em mensagem via Twitter.

O GP da Bélgica teve chuva incessante, impossibilitando a realização de uma corrida segura. As voltas de formação e de safety-car serviram apenas para confirmar que a visibilidade dos pilotos estava longe do dia. Com apenas duas voltas atrás do carro de segurança, Max Verstappen levou a vitória. A pontuação é cortada pela metade, mas o holandês diminui a vantagem de Lewis Hamilton no Mundial para apenas três pontos.

Domingo historicamente ruim para a F1

O caótico domingo da não-corrida na Bélgica já entrou para a história da Fórmula 1. Seja para a duração da corrida, com apenas 1 volta oficialmente contabilizada pela cronometragem oficial da FIA, seja pelo desfecho confuso e controverso. A direção de prova, capitaneada pelo australiano Michael Masi, entende que não houve alternativas, já que concluiu que cancelar a prova não seria uma opção, tampouco adiar a disputa para segunda-feira, opção rechaçada pelo diretor da FIA para a F1.

A decisão de conduzir a corrida e realizá-la com apenas poucas voltas em regime de safety-car para que a prova pudesse ser considerada válida, ainda com a distribuição de pontos pela metade, foi duramente criticada por Lewis Hamilton: "O dinheiro é que manda", bradou o heptacampeão.

No entendimento de Masi, contudo, não houve escolha. "Foi um longo dia. Vimos o pior do tempo hoje. As condições não foram as melhores em todo o fim de semana, mas hoje o tempo levou a melhor", lastimou o diretor em entrevista veiculada pela emissora britânica Sky Sports.

"O negócio era ver como estavam as condições. Estávamos em contato constante com nosso provedor meteorológico oficial. Havia uma janela em que parecia ser possível dar um aviso de 10 minutos", afirmou Masi sobre o momento em que acreditou ser possível começar a corrida depois de mais de três horas de espera. "Várias equipes viram essa janela, mas aí o tempo levou a melhor sobre nós", lamentou o australiano.

O dirigente se mostrou desiludido com a mais extrema situação que encarou desde que assumiu a direção de prova da FIA para a Fórmula 1. "É decepcionante para todos e tentamos fazer o melhor possível". Masi, no entanto, reforçou que o principal objetivo sempre foi garantir a segurança dos envolvidos.

"Da perspectiva da FIA e da Fórmula 1, a segurança é fundamental para os pilotos, equipes e todos os espectadores. Demos todas as oportunidades, oportunidades disponíveis dentro do regulamento e do Código Esportivo Internacional. Infelizmente, neste caso, não pudemos percorrer a distância (de corrida)", complementou.

Perguntado sobre a possibilidade de remarcar a prova para segunda-feira, solução que costuma ser habitualmente adotada pela Indy e pela Nascar em casos extremos de chuva, o diretor da FIA para a Fórmula 1 justificou a decisão, tomada sobretudo por razões logísticas. O Mundial segue já para Zandvoort, palco do GP da Holanda no próximo fim de semana. O circuito fica a menos de 3 horas de distância (ou 295,3 km) de Spa-Francorchamps.

"Não havia como adiar a corrida para amanhã. É uma lista completa de motivos. Seriam páginas. Organizadores, todos aqui. Não há como adiar para outro dia", concluiu.

Grande Prêmio
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