F1: como Senna atrapalhou os anos perfeitos da Williams
Em 1992 e 1993, a Williams tinha carros dominantes, principalmente em volta rápida, mas o brasileiro impediu em ambos os anos a felicidade
Quando acabou a temporada de 1991, Senna era tricampeão, as expectativas para 1992 eram muito grandes. Porém a Williams, que já se mostrava a grande força no final da temporada, não deixou a McLaren nem sonhar com título, Mansell fez uma temporada com nove vitórias, quebrando o recorde do próprio Senna na temporada de 1988, quando conquistou oito.
Em qualificação o ritmo da Williams era ainda mais dominante, era comum a equipe fazer pole com mais de 1s para os rivais, principalmente com Nigel Mansell. Mas no GP do Canadá, isso não aconteceu. Mansell não conseguiu acertar a volta na sexta-feira, enquanto Senna fez o tempo de 1m19s775, contra 1m19s872 de Patrese, companheiro do britânico. No Sábado, Mansell tentou melhorar o tempo, mas não passou de 19s948.
Foi a primeira vez na temporada que Mansell não fez a pole, a segunda vez seria no GP da Hungria, mas perdendo a posição para Riccardo Patrese. Em 1993, a Williams trocou Mansell por Prost, Patrese por Damon Hill, mas o domínio não mudou, na verdade a FW15C era ainda mais dominante, até a penultima etapa, a equipe tinha feito todas as poles.
A F1 chegou na Austrália com o campeonato já decidido em relação ao título, mas não em relação ao vice-campeonato, Senna e Hill ainda lutavam. O britânico estava à frente do brasileiro por dois pontos. A Williams não conseguia achar o acerto ideal na pista de Adelaide.
Senna fez a pole, curiosamente sua volta mais rápida foi quando Ron Dennis, chefe de equipe, mandou recolher o carro porque o combustível iria acabar. Na corrida Senna dominou, não dando chance para ninguém, conquistando o vice-campeonato. Com essas duas poles, Senna impediu que a Williams, nas temporadas com carros de outro planeta, conquistasse todas as poles.