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Fórmula Indy

Retrospectiva 2021: Mesmo com Dixon abaixo, Ganassi sobra e vê Penske patinar na Indy

Nem uma temporada quase que irreconhecível de Scott Dixon foi capaz de deter uma Ganassi que foi muito superior no comparativo geral com a Penske, que viveu uma espécie de 'Newgardendependência' na Indy 2021

14 dez 2021 - 05h15
(atualizado às 06h12)
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Palou levantou a 14ª taça da Ganassi
Palou levantou a 14ª taça da Ganassi
Foto: Indycar / Grande Prêmio

A Retrospectiva 2021 da Indy continua com o que foi mais um capítulo da maravilhosa história de Penske x Ganassi na Indy. Se a expectativa por um duelo particular entre Scott Dixon e Josef Newgarden não foi confirmada, ao menos as duas equipes mais poderosas do grid voltaram a concentrar as atenções no campeonato. Melhor para a Ganassi.

O mais incrível é entender como a Ganassi tomou o controle das ações. Fosse com Dixon, como vinha sendo por quase uma década inteira, tudo bem, não teria mistério, mas o que tornou o time de Chip Ganassi a força a ser batida em 2021 foram justamente os companheiros do neozelandês: Álex Palou e Marcus Ericsson.

No caso de Palou, é óbvio, o título fala sozinho. Logo no primeiro ano de casa nova, o catalão levantou a taça, encerrando qualquer maldição do carro #10 que ainda pudesse existir. Para Ericsson, o sexto lugar também representa muito, principalmente porque veio acompanhado de duas vitórias, uma a mais até do que Dixon! No fim, a Ganassi levou seis das 16 provas, uma baita marca para os padrões da Indy.

Álex Palou levantou a 14ª taça da Ganassi, que venceu a Penske no duelo (Foto: Indycar)

Na Penske, destaque quase que único para Josef Newgarden. Em um ano de estreia de adaptação difícil para Scott McLaughlin, Simon Pagenaud e Will Power pareceram em outra rotação. O australiano ainda levou o GP de Indianápolis 2, mas isso já quando estava completamente longe da briga pela taça. O francês, menos inspirado, não venceu nenhuma e acabou trocado pelo time, vai seguir para a Meyer Shank em 2022.

A verdade é que as posições de Pagenaud, Power e McLaughlin, ali na rebarba do top-10 ou nem isso, refletiram melhor o que a Penske teve de equipamento em 2021. Newgarden fez milagre. Foram duas vitórias e outras duas corridas perdidas quase na bandeirada e sem culpa alguma. Faltou confiabilidade, estratégia, trabalho de boxes. Foi um time quase que irreconhecível. E mesmo assim Josef brigou pelo título até o fim, realmente um ano incrível para o americano.

Mas e a Andretti, hein? Bom, a Andretti deu aquela sensação clássica: quando era dia dela, era muito dia dela. Quando não era, era catástrofe total. Foi assim que o time venceu três vezes em 2021, todas com Colton Herta, mas, só o fato de não ter permitido ao jovem americano brigar pela taça, mostra bem as dificuldades pelas quais a equipe passou no ano, especialmente com confiabilidade.

Colton Herta bem que tentou, mas a Andretti estava mesmo abaixo de Penske e Ganassi em 2021 (Foto: Indycar)

A McLaren teve seus momentos. Pato O'Ward deu um passinho adiante e incomodou mais na disputa pela taça do que em 2020, venceu duas corridas, mas também faltou alguma coisa ali. Na real, faltou bastante quando o tema é rendimento com os pneus duros, um calcanhar de Aquiles tremendo de uma equipe que, no fim, correu quase que só com um piloto, já que Felix Rosenqvist ficou sumido.

Carpenter, RLL e Dale Coyne oscilaram bastante, mas têm em comum o fato de terem sido carregadas por um único piloto. Respectivamente: Rinus VeeKay, que brilhava antes do acidente que o fez lesionar o ombro, Graham Rahal, sempre muito regular, e Romain Grosjean, um veterano novato que chegou à Indy como se lá estivesse a vida toda.

A Meyer Shank foi um capítulo à parte. Vencedora de uma edição histórica das 500 Milhas de Indianápolis, que consagrou Helio Castroneves como recordista de triunfos em todos os tempos em Indianápolis, o time teve ano muito irregular, passando perrengue com Jack Harvey e com o próprio Helio em pistas que não eram o oval do IMS. Precisa evoluir para figurar mais no grupo da frente em 2022.

Mais uma vez, como tem sido praxe, Foyt e Carlin sofreram muito o ano inteiro. Não chegam a ser a Haas da Fórmula 1, mas estão ali como Alfa Romeo e Williams. No momento, infelizmente, só servem para composição do grid, mas precisam evoluir tremendamente para que sejam minimamente competitivas em um futuro próximo.

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