Felipe Drugovich estreia na Fórmula E e substitui Nyck de Vries no e-Prix de Berlim
A ausência de Nyck de Vries se deve a um conflito de datas com o Campeonato Mundial de Endurance (WEC).
A temporada 2025 da Fórmula E acaba de ganhar um tempero a mais para os fãs brasileiros. O paranaense Felipe Drugovich, atual piloto reserva da Aston Martin na Fórmula 1, foi confirmado como substituto de Nyck de Vries na Mahindra Racing para o e-Prix de Berlim, marcado para os dias 12 e 13 de julho. A informação já repercute como um momento simbólico de transição na carreira do campeão da Fórmula 2 em 2022.
De Vries fora por conflito de agenda
A ausência de Nyck de Vries se deve a um conflito de datas com o Campeonato Mundial de Endurance (WEC). O holandês, ex-Fórmula 1 e agora piloto da Toyota Gazoo Racing, disputará as 6 Horas de São Paulo no mesmo fim de semana do e-Prix de Berlim. A Mahindra optou então por chamar um piloto com experiência de ponta, familiaridade com os monopostos e cada vez mais pronto para novos voos no automobilismo internacional.
Drugovich, que já havia testado um carro Gen3 da Fórmula E pela Maserati, agora terá a oportunidade de estrear oficialmente na categoria que vem crescendo em importância e visibilidade global.
Testes e preparação: caminho até o cockpit da Mahindra
Antes do anúncio oficial, Drugovich participou de uma sessão de testes privados com a Mahindra no Circuito de Guadix, na Espanha, no dia 16 de abril. A avaliação, que visava medir sua adaptação ao carro elétrico Gen3 Evo, serviu para que a equipe consolidasse a confiança no brasileiro. Segundo fontes da equipe, o desempenho foi considerado bastante promissor.
Embora esteja afastado das corridas oficiais desde o fim da temporada 2022 da Fórmula 2, Drugovich manteve-se ativo como piloto de testes na Fórmula 1 e tem sido frequentemente envolvido em sessões de simulador e desenvolvimento técnico — o que o mantém afiado para desafios de alta performance.
Berlim: estreia oficial e oportunidade de afirmação
O e-Prix de Berlim não será apenas uma substituição momentânea para Drugovich. Será sua primeira corrida oficial após um hiato e uma chance real de mostrar seu valor em outro cenário competitivo. A Mahindra, que atualmente ocupa a quinta colocação no campeonato de equipes da Fórmula E, vê na estreia do brasileiro uma possibilidade de dar novo gás à sua campanha.
Para Drugovich, que já flertou com vagas no grid titular da Fórmula 1, esse passo na Fórmula E representa uma forma de se manter em destaque e mostrar sua versatilidade como piloto, além de adaptar-se às novas exigências de condução nos carros elétricos, que demandam estratégia energética, precisão e domínio de freio regenerativo.
Brasileiro no radar: o que esperar de Drugovich
A chegada de Felipe Drugovich à Fórmula E movimenta o cenário brasileiro no automobilismo internacional, que vinha carente de novas caras nas principais categorias. Embora seu futuro a médio prazo ainda esteja atrelado ao sonho da Fórmula 1, a passagem pela Fórmula E pode representar uma janela de oportunidades, inclusive com vistas à consolidação em equipes competitivas do grid elétrico.
O paddock europeu observa de perto os movimentos do brasileiro, que tem talento e currículo suficientes para ir além de uma substituição pontual. Sua postura durante os testes e a confiança da Mahindra indicam que, caso o desempenho em Berlim seja positivo, novas portas podem se abrir — seja na Fórmula E, seja em outras frentes do endurance ou até mesmo no retorno ao radar da F1.
De Londrina para o mundo — agora nos elétricos
Felipe Drugovich começa a escrever um novo capítulo de sua carreira. De campeão da Fórmula 2 a reserva da F1, agora no cockpit de um carro elétrico na Fórmula E, o piloto de Londrina leva na bagagem competência, disciplina e fome por desafios. E o e-Prix de Berlim, além de ser um palco estratégico da categoria, pode se tornar o ponto de virada que colocará novamente seu nome em alta no automobilismo mundial.