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Em dobradinha da DS Techeetah, Da Costa é campeão e Vergne vence eP de Berlim 4

Como parecia prometido desde ontem, piloto do #13 fechou as contas junto do fim de semana. A vitória ficou mesmo com o companheiro

9 ago 2020 - 14h51
(atualizado às 15h09)
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Antonio Félix da Costa
Antonio Félix da Costa
Foto: Fórmula E / Grande Prêmio

Chegou ao fim. O campeonato estava fadado a terminar neste domingo (9) de grande ação no esporte a motor internacional, com Brad Binder levando à KTM a primeira vitória na MotoGP e Max Verstappen furando a Mercedes na Fórmula 1. Na Fórmula E, nenhuma surpresa, mas a definição. António Félix da Costa fez a cama para fechar tudo hoje, e foi exatamente o que aconteceu. O português é campeão.

Foi com o segundo lugar. A vitória ficou com o companheiro, Jean-Éric Vergne. O português até chegou a liderar, mas o francês retomou. No dia da volta do então bicampeão vigente às vitórias, a Fórmula E saúda um novo conquistador.

A terceira colocação ficou com a Nissan, mas após uma troca de vagas. Sébastien Buemi ficou adormecido durante toda a prova, mas ultrapassou o companheiro Oliver Rowland no fim e voltou ao pódio. Nyck de Vries ainda terminou em quarto, com Rowland em quinto.

Lucas Di Grassi voltou a viver corrida normal para ele: saiu de posição de largada complicada para escalar o pelotão e marcar pontos: foi o sexto. Mitch Evans, André Lotterer, Alex Lynn e Felipe Massa, de volta aos pontos, fecharam o top-10. O melhor giro da prova foi de Sam Bird, mas, como terminou na 11ª colocação, fica sem o ponto. O tento extra vai para… Sim, Da Costa, dono da melhor volta entre os que terminaram a corrida na zona de pontuação.

O vice-líder do campeonato e piloto melhor posicionado para evitar o título ainda no domingo, Maximilian Günther, largou no fundo do grid e bateu de forma confusa logo na largada, abandonando a corrida.

Apesar do fim da briga pelo título, o campeonato volta à pista para a terceira rodada dupla no Tempelhof na próxima quarta-feira.

Maximilian Günther voou voou, subiu subiu em Tempelhof
Maximilian Günther voou voou, subiu subiu em Tempelhof
Foto: Reprodução/TV / Grande Prêmio

Confira como foi a corrida:

Antes da largada da quarta corrida no Aeroporto de Tempelhof, a notícia de que Robin Frijns não largaria por conta de problemas na bateria McLaren do carro da Virgin. Desta maneira, apenas 23 competidores partiam para a luz verde.

A largada parecia se desenrolar sem grandes mergulhos até que o vice-líder do campeonato, Maximilian Günther, errou no contorno da segunda curva e subiu na asa traseira direita de Oliver Turvey. Fim de prova para Günther, facilitando ainda mais o título de António Félix da Costa. Safety-car na pista.

Na frente, Alex Lynn passava Felipe Massa, enquanto Sérgio Sette Câmara tomava a penúltima posição de Daniel Abt. Da Costa largou com o maior cuidado do mundo e apenas circundou Jean-Éric Vergne, que mantinha a ponta.

Após rápida interferência do safety-car, corrida de volta e Mitch Evans passava René Rast, mas Rast buscou o modo ataque e devolveu, ainda tirando Massa da frente. Eis que, entretanto, a chuva aparecia. E aparecia para valer.

Da Costa tomava cuidado. Com chuva e Oliver Rowland de modo ataque acionado, caiu para terceiro. Mas durou pouco. Assim que acionou a velocidade extra, limpou Rowland e partiu para uma ultrapassagem um tanto quanto tranquila contra o companheiro de equipe e a liderança.

Rast perdia ritmo e posições, ficando atrás de Massa, Evans e Lucas Di Grassi. Em seguida, levou um passão estiloso de Jérôme D'Ambrosio que fez o alemão reclamar no rádio. Segundo ele, foi jogado para o muro. Vida que segue.

Na abertura da 20ª volta, Da Costa tinha 0s3 de dianteira para Vergne, que mantinha 0s7 para Rowland. O resultado do FanBoost também saía: Da Costa, Stoffel Vandoorne, Daniel Abt, Di Grassi e Günther era os agraciados. Ainda na disputa pelo pódio, Nyck de Vries recebia bandeira preta e branca por dançar na pista enquanto se defendia no pelotão.

Enquanto os cinco primeiros lugares se mantinham, Di Grassi crescia: passava por Lynn, Evans e Massa para alcançar o sexto lugar. Excelente na disputa pelo vice-campeonato, mas longe de evitar o que já surgia inevitável.

Tinha disputa pela vitória, contudo: Vergne deu o troco em Da Costa com a mesma facilidade, na volta 29, sem resistência, e partiu para a liderança. Rowland seguia próximo, ainda nutrindo chance de um ataque tardio.

Bem lá atrás, Sette Câmara aparecia na frente do companheiro Nico Müller - o suíço passaria de volta antes do fim. Atrás dos dois, somente Turvey, afetado desde a batida do começo - na qual, diga-se, foi inocente.

Falando em brigas internas, Sébastien Buemi superou Rowland pelo terceiro lugar e partiu ele, não o companheiro, para atacar o virtual campeão Da Costa. A chuva começava a aparecer novamente, ainda que leve no contexto geral. Buemi tentou se engraçar para cima de Da Costa, mas respeitou o momento. O português não venceu, foi segundo, atrás de Vergne, mas saiu do carro campeão.

Fórmula E 2020, eP de Berlim, Alemanha, Corrida 4, Resultado Final:

1 J.E VERGNE DS Techeetah 37 voltas  
2 A.F DA COSTA DS Techeetah +0.497  
3 S BUEMI Nissan +1.392  
4 N DE VRIES Mercedes +3.791  
5 O ROWLAND Nissan +5.018  
6 L DI GRASSI Audi +9.805  
7 M EVANS Jaguar +14.814  
8 A LOTTERER Porsche +15.755  
9 A LYNN Mahindra +21.001  
10 F MASSA Venturi Mercedes +22.809  
11 S BIRD Virgin Audi +22.911  
12 S VANDOORNE Mercedes +23.388  
13 A SIMS BMW +23.575  
14 E MORTARA Venturi Mercedes +23.889  
15 J D'AMBROSIO Mahindra +23.914  
16 R RAST Audi +24.381  
17 J CALADO Jaguar +26.600  
18 D ABT NIO +29.121  
19 N JANI Porsche +29.527  
20 N MÜLLER Dragon Penske +34.431  
21 S. SETTE CÂMARA Dragon Penske +36.315  
22 O TURVEY NIO +1:01.473  
23 M GÜNTHER BMW +37 voltas NC
24 R FRIJNS Virgin Audi   DSQ
Grande Prêmio
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