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Atletismo

Calejada após sumiço de vara em Pequim, Murer evitar falar em ouro

22 nov 2011 - 15h32
(atualizado às 16h58)
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Após conquistar o ouro no Mundial de Atletismo em Daegu, na Coreia do Sul, em agosto, Fabiana Murer consolidou-se entre as favoritas do salto com vara para as Olimpíadas de Londres, em 2012. No entanto, a brasileira está calejada após o sumiço de uma vara nos Jogos de Pequim, em 2008, e mantém os pés no chão.

Brasileira lembra das dificuldades que teve em Pequim antes de criar expectativas para Londres
Brasileira lembra das dificuldades que teve em Pequim antes de criar expectativas para Londres
Foto: Bruno Santos / Terra

"É complicado falar em ganhar o ouro (risos). A disputa é muito grande e meu objetivo é ganhar uma medalha na Olimpíada, não importa a cor", pondera a atleta, que foi às lágrimas ao deixar escapar até o bronze há quase quatro anos.

Na ocasião, ao perceber que uma de suas dez varas havia sumido, Fabiana discutiu com os árbitros da prova e chegou a se posicionar de forma a impedir que suas concorrentes saltassem. Depois de muita confusão, tentou atingir os 4,65m sem o equipamento adequado e fracassou em três tentativas. Naquele ano, ela já havia atingido os 4,80m, abaixo apenas dos índices da russa Yelena Isinbayeva (5,05m) e da norte-americana Jennifer Stuczynski (4,92m).

"Isso foi há quase quatro anos, faz tempo. Já passei por muitas coisas nesse ciclo olímpico e é lógico que aprendi com o que aconteceu. Procuro estar sempre mais atenta. Antes de fazer o aquecimento, já olho se as varas estão na pista, sempre confiro o colchão, se está legal. Fiquei muito mais atenta, mas sempre tive os pés no chão", lembra a brasileira.

Agora, mesmo já tendo atingido os 4,85m, Fabiana Murer é extremamente cautelosa. "Faço tudo passo a passo. Primeiro vou ter que classificar para a Olimpíada. Já tenho o índice, mas a CBAt exige que eu confirme no ano que vem. Depois, em Londres, vamos pensar na qualificação, que é uma prova nervosa, e aí sim focar a final e a medalha", emenda, antes de apontar justamente Yelena Isinbayeva e Jennifer Stuczynski como maiores adversárias.

"A Yelena, apesar de não ter ido bem no ano passado e nesse, pode saltar alto. Ela é uma atleta muito perigosa, experiente, recordista mundial e duas vezes campeã olímpica, vai querer o terceiro título. A Jennifer saltou bem ano passado e nesse, é vice-campeã olímpica. São as duas principais, as outras estão meio niveladas", raciocina.

Murer se coloca abaixo das duas favoritas e se diz em igualdade de condições à alemã Martina Strutz, vice no Mundial, e à cubana Yarislei Silva, campeã pan-americana em Guadalajara. "Sempre penso que tenho que trabalhar mais, que tenho que alcançar essas atletas", conclui.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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