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Amor ou ódio? Galvão ironiza: "bater em mim é divertido"

8 abr 2015 - 08h16
(atualizado às 13h24)
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Galvão Bueno não tem papas na língua e fala o que pensa. Na noite da última terça-feira, o narrador lançou seu livro de memórias na Livraria Cultura, em São Paulo, e, simpático e sorridente, não se omitiu de nenhuma pergunta, seja de humoristas ou de jornalistas presentes ao evento. O polêmico global sabe que vive entre o amor e ódio de telespectadores, mas acredita que sua base de fãs é muito maior.

Galvão fala sobre os bastidores da Copa América de 1991:

“Sou uma das pessoas mais queridas e mais odiadas do Brasil”, disse. “Todo mundo vai gostar (do livro). E tenho certeza que muita gente vai falar mal. Bater no Galvão e divertido. Graças a Deus, o número daqueles que gosta de mim é imensamente maior do que daqueles que não gosta. Essa é a minha maior vitória profissional. Nunca trabalhei para isso (virar um ícone nacional). Sou um misto de equilibrista, de um lado a verdade dos fatos e do outro a emoção que eu tenho que vender. Sou um vendedor de emoções, um contador de histórias”, comentou o narrador.

Galvão Bueno atraiu multidão de jornalistas e fãs a lançamento de livro
Galvão Bueno atraiu multidão de jornalistas e fãs a lançamento de livro
Foto: Duda Barros/Photopress / Gazeta Press

O próprio título da obra diz respeito a um caso de amor e ódio passado por Galvão. “Fala, Galvão” faz menção ao episódio “cala a boca, Galvão”, hashtag utilizada por internautas que alcançou fama mundial durante a Copa do Mundo de 2010. O global até dedica uma passagem do livro sobre o assunto, que considera uma “tsunami” que passou em sua vida. “Algo que era ruim foi transformado em algo bom e divertido, com a ajuda do Tiago Leifert”, recorda.

O lançamento do livro marca os 40 anos de Galvão nas transmissões da Globo, completados em março de 2014. A obra foi atrasada em um ano em função da Copa do Mundo no Brasil – “doeu para caramba o Mundial”, disse o narrador, sobre o 7 a 1. Em coletiva de imprensa antes da sessão de autógrafos, o global mostrou satisfação com a marca e relembrou seu início na “escola Rede Globo de jornalismo”.

“Minha escola de comportamento em televisão é a do dr. Roberto Marinho. Dele aprendi a não ter medo de quem é extremamente bom no que faz. Me preocupo hoje com certo jornalismo de ocasião e batalho em todas minhas transmissões para passar adiante a informação correta com fonte com nome e sobrenome. Me preocupo muito quando as coisas vêm de modo irresponsável. Vocês sabem muito bem de quem estou falando”, criticou.

Galvão Bueno lança livro em São Paulo
Galvão Bueno lança livro em São Paulo
Foto: Leonardo Benassatto / Futura Press

A sessão de autógrafos da biografia ainda teve momentos de emoção, quando Galvão marejou os olhos ao relembrar antigos parceiros que já estão mortos – entre eles, Luciano do Valle, que inclusive ganhou uma homenagem do global na abertura da Copa, e Michel Laurence. Mas contou também com muitos momentos engraçados e bem humorados, tônica do livro e do próprio narrador, que fez brincadeiras a todo o momento. O bordão criado para Taffarel, por exemplo, é um destes “causos”.

“O Brasil teve muitos goleiros bons. Gosto muito do Taffarel, mas ele não saía do gol. A bola passava toda hora na frente da área e ele não saía. Minha vontade era de gritar... (segura um pouco) ‘p... que p..., sai, Taffarel’. E daí surgiu o ‘sai que é sua, Taffarel’”, contou Galvão, para risos de todos os presentes. 

Galvão Bueno posa com a sua mulher, Desirée Soares, no lançamento de sua biografia
Galvão Bueno posa com a sua mulher, Desirée Soares, no lançamento de sua biografia
Foto: Paduardo / AgNews
Fonte: Terra
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