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Standard America, empresa brasileira de placas eletrônicas, abre fábrica em Portugal

Empresa de Campinas, que faz placas para as indústrias automotiva, agrícola, aeronáutica e médica, foi selecionada em programa para fomentar a reindustrialização em países menos desenvolvidos da Europa

21 ago 2021 - 05h10
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Um ano e quatro meses após comprar uma fábrica de placas eletrônicas prestes a fechar as portas, o empresário Hidalgo Dal Colleto, de 53 anos, conseguiu transformar a empresa em multinacional. Ele já iniciou obras da nova unidade da Standard America em Portugal, prevista para entrar em operação em março de 2022.

A empresa de Campinas (SP) foi selecionada no programa Portugal 2020, projeto da Comissão Europeia que criou um fundo de investimentos para fomentar a reindustrialização e gerar empregos em países menos desenvolvidos da Europa.

Colleto informa que inicialmente serão investidos 2,5 milhões de euros (R$ 15,7 milhões), sendo que ele vai bancar 1 milhão de euros (R$ 6,3 milhões) e o governo português e o Banco Millenium, do Banco Comercial Português (BCP) vão financiar o restante.

"Se a empresa cumprir todas as regras do programa, a parte do governo vai para fundo perdido", explica Colleto. Os juros e os prazos do empréstimo bancário têm condições bem razoáveis, acrescenta ele, que já está participando de uma rodada de captação de mais 10 milhões de euros (R$ 63 milhões) com investidores europeus privados.

A linha de montagem das placas usadas pelas indústrias automotiva, agrícola, aeronáutica e médica está sendo construída em Soure, pequena cidade próxima a Coimbra. Equipamentos de última geração foram encomendados de fabricantes do Japão. Coletto teme que a falta de semicondutores atrase a entrega das máquinas.

No início do ano, a fábrica de Campinas teve de suspender a produção várias vezes em razão da falta de chips, a maioria importados da China. Recentemente, a empresa conseguiu um grande lote do componente e, segundo o executivo, está com as entregas de placas em dia.

Segundo ele, a unidade brasileira, que hoje atende o mercado interno, passa a buscar clientes no México e demais países do Mercosul. A filial portuguesa será responsável pelo mercado português, Alemanha e Rússia e leste europeu. "A nova fábrica terá o triplo da capacidade e vamos empregar inicialmente de 80 a 100 funcionários", diz o presidente da Standard America. Em Campinas trabalham 40 funcionários.

Estadão
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