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Selic em alta faz bancos reduzirem taxa de CDBs; entenda e saiba se ainda vale a pena investir

Fixada em 14,25% pelo Banco Central, a Selic regula o rendimento dos principais títulos de renda fixa

20 abr 2025 - 07h17
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Sede do Banco Daycoval, na Avenida Paulista, em São Paulo.
Sede do Banco Daycoval, na Avenida Paulista, em São Paulo.
Foto: Divulgação

A taxa básica de juros da economia brasileira está no maior patamar desde 2016. Fixada em 14,25% pelo Banco Central (BC), a Selic regula o rendimento dos principais títulos de renda fixa, como o Tesouro Direto, o Certificado de Depósito Bancário (CDB) e as debêntures.

Embora a alta dos juros faça com que esses investimentos tenham uma rentabilidade maior, a demanda muito alta fez bancos reduzirem as taxas dos CDBs.

O banco Sofisa e Daycoval, duas das instituições que pagavam há pouco tempo 110% de CDI, uma das mais altas taxas em liquidez diária do mercado, reduziram para 105% e 106%, respectivamente, algumas semanas após a alta dos juros.

O Terra procurou as instituições para entender a redução, mas não obteve uma resposta. No entanto, especialistas em investimentos consultados pela reportagem explicaram que a redução da taxa pode ser respondida pela lei da oferta e da demanda. 

“Se a gente tem uma oferta estável, só que uma demanda crescente, o preço do ativo tende a subir, tende a ficar mais caro. E em renda fixa, a gente tem a correlação inversa. Se o preço sobe, a taxa cai. E é basicamente isso. Dado que o banco entende que a demanda continua crescente, ele entende que ele vai continuar captando mesmo com uma taxa um pouco menor, porque é o que o mercado está buscando. Assim, ele simplesmente pode pagar uma taxa mais baixa”, explica José Augusto Balotari, assessor da Manchester Investimentos.

Cássio Landes, especialista em alocação da Valor Investimentos, afirma que além da demanda e da oferta influenciar em menores taxas, “os bancos podem acabar tendo uma viés de queda da Selic no futuro e por consequência eles acabam antecipando esse movimento para poder entregar um produto que seja mais coerente com a política de risco do banco”. Outra questão é a concorrência com o Tesouro Selic. “O investidor acaba tendo algumas outras alternativas e aí os bancos podem acabar reduzindo um pouco esse apetite por oferecer taxas melhores”.

Mesmo com os bancos reduzindo as taxas dos CDBs, para os especialistas consultados pelo Terra, ainda vale a pena investir. “Pode ser uma boa opção, principalmente se você tiver algumas oportunidades no pré-fixado", indica Landes. “Investimentos com rentabilidade pós-fixada são bem atrativas em cenários de juros altos, pois acompanham a taxa de juros, porém no patamar de taxa atual podemos utilizar a classe prefixada, garantindo a rentabilidade contratada por um determinado período”, reforça Balotari.

Um importante alerta feito pelos especialistas foi que investir em CDBs pode ser vantajoso em um cenário de Selic alta, desde que a liquidez, prazo e rentabilidade estejam alinhados com seus objetivos e não ultrapasse a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para valores de R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira, oferecendo maior segurança ao investidor.

Simulação de uma aplicação em um CDB

O CDI costuma ficar ligeiramente abaixo da Selic. Com a Selic a 14,25%, o CDI anual gira em torno de 13,65% ao ano (pode variar um pouco, mas usamos esse valor base).
O CDI costuma ficar ligeiramente abaixo da Selic. Com a Selic a 14,25%, o CDI anual gira em torno de 13,65% ao ano (pode variar um pouco, mas usamos esse valor base).
Foto: Getty Images

Cálculo bruto dos rendimentos

100% do CDI:

  • Valor aplicado: R$ 1.000
  • Rendimento bruto: 13,65%
  • R$ 1.000 x 13,65% = R$ 136,50
  • Resultado final: R$ 1.136,50

105% do CDI:

  • Valor aplicado: R$ 1.000
  • Rendimento bruto: 13,65% x 1,05 = 14,33%
  • R$ 1.000 x 14,33% = R$ 143,00
  • Resultado final: R$ 1.143,00

110% do CDI:

  • Valor aplicado: R$ 1.000
  • Rendimento bruto: 13,65% x 1,10 = 15,02%
  • R$ 1.000 x 15,02% = R$ 150,20
  • Resultado final: R$ 1.150,20

Renda variável 

Se com o aumento da Selic, investimentos de renda fixa performam melhor nominalmente, trazendo um impacto positivo para aquele investidor conservador brasileiro, no caso da renda variável, as ações perdem sua atratividade, já que os investidores preferem passar a opções mais seguras e com rendimento previsível.

Para quem investe em ações, isso pode significar uma queda nos preços dessas ações, já que os investidores consideram que elas acabam não conseguindo oferecer um retorno tão competitivo em relação à renda fixa.

Fonte: Redação Terra
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