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Rumo lucra R$229 mi no 3º tri com evolução operacional e queda no serviço da dívida

9 nov 2018 - 15h11
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A operadora de modais de logística Rumo teve lucro de 229 milhões de reais de julho a setembro, o primeiro resultado trimestral positivo em 2018, o suficiente para levar o acumulado do ano para o azul, apoiada em evolução operacional e na forte queda do custo da dívida.

O lucro apresentado pela empresa de ferrovias e terminais portuários nesta quinta-feira é quase o triplo do obtido em igual etapa de 2017. Com isso, no acumulado de 2018 que era negativo até junho, passou a lucro de 135,8 milhões de reais, ante prejuízo de 201,1 milhões contra mesmo intervalo do ano anterior.

Com a manutenção do cenário recente de controle de despesas aliado a receitas crescentes, a Rumo caminha para ter no acumulado de 2018 o primeiro lucro anual em cinco anos.

"Se a briga comercial internacional não prejudicar, continuaremos tendo bons resultados nos próximos trimestres", disse à Reuters o presidente-executivo da Rumo, Julio Fontana Neto.

O volume transportado pela companhia cresceu 15 por cento na comparação anual, para 16,1 bilhões de toneladas equivalentes (TKU), apoiado sobretudo na safra recorde de soja.

Isso, combinado com a alta de 3,1 por cento da tarifa média do transporte, conduziu a receita líquida da Rumo a um aumento de 13,8 por cento ano a ano, para 1,877 bilhão de reais.

Esse conjunto mais do que compensou a queda de 12,6 por cento do volume de carga nos portos operados pela companhia, também ano a ano, refletindo a baixa de 7 por cento nas exportações nesses terminais (Santos-SP, Paranaguá-PR e São Francisco do Sul-SC).

Segundo Fontana Neto, a forte queda no volume de exportação de açúcar no período não foi compensada na mesma medida pela expansão nas operações com outros produtos.

O resultado operacional da empresa, medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), subiu 18,9 por cento, para 952,6 milhões de reais. A margem Ebitda cresceu 2,2 pontos percentuais, a 50,7 por cento.

As despesas comerciais, gerais e administrativas alcançaram 79,1 milhões de reais, volume 23,8 por cento superior ao do terceiro trimestre do ano passado.

Além da melhora operacional, a última linha do balanço teve forte contribuição do resultado financeiro, negativo em 257,5 milhões de reais, porém 33,7 por cento menor do que em igual etapa de 2017, uma vez que juros mais baixos fizeram o custo da dívida líquida caísse 30 por cento ano a ano.

Com o recuo de cerca de 300 milhões da dívida líquida desde o fim de junho, a alavancagem financeira da Rumo em três meses recuou de 2,6 para 2,3 vezes o Ebitda.

O investimento feito pela Rumo no trimestre somou 551,4 milhões de reais, expansão de 16,4 por cento ano a ano.

A empresa comentou no relatório de resultados que as estimativas iniciais apontam uma nova safra recorde de soja e forte expansão na safra de milho em 2019.

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