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'Divisões no Brasil permanecem muito vivas', diz diretor da Eurasia

Para Christopher Garman, a expectativa é que governo Trump reaja à condenação de Bolsonaro, mas ainda é difícil antecipar ações

11 set 2025 - 22h54
(atualizado às 23h31)
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NOVA YORK — O diretor da Eurasia para as Américas, Christopher Garman, não vê a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro como uma virada de página capaz de pacificar o Brasil. A opinião pública sobre o julgamento do ex-presidente está exatamente em linha com a visão partidária dos brasileiros, segundo Garman.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta quinta-feira, 11, Bolsonaro por tentar dar um golpe de Estado após perder as eleições de 2022. A pena foi fixada em 27 anos e três meses em regime inicial fechado. "As divisões permanecem muito vivas após essa decisão", disse Garman, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

Cientista politico Christopher Garman, da consultoria Eurasia, em escritorio na zona sul de Sao Paulo
Cientista politico Christopher Garman, da consultoria Eurasia, em escritorio na zona sul de Sao Paulo
Foto: Taba Benedicto/Estadão / Estadão

O segundo reflexo da condenação de Bolsonaro é uma possível reação por parte do governo do presidente Donald Trump, por meio da adoção de mais sanções contra o Brasil, de acordo com o diretor da Eurasia. Garman afirmou, porém, que é "difícil" antecipar quais medidas os americanos devem adotar.

Entre possíveis novas sanções ao Brasil, Garman cita a extensão da Lei Magnitsky a outros ministros que votaram a favor da condenação de Bolsonaro e aos familiares deles. O placar foi de 4 votos a 1 pela condenação. Além do relator do caso, Alexandre de Moraes, votaram a favor os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Luiz Fux se manifestou pela absolvição do ex-presidente.

Os EUA também podem adotar tarifas secundárias ao Brasil pela compra do petróleo russo. "Talvez não seja imediato, mas é algo que também pode vir", disse Garman.

Quanto aos impactos econômicos de novas sanções americanas, o diretor da Eurasia considera a probabilidade baixa, mas alerta para o risco de eventual retaliação. "Se o governo Lula reagir com retaliações, podemos ter uma escalada. Não é a nossa aposta, mas é um risco que estamos monitorando."

Estadão
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