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Réplica da McLaren de Senna, carro de luxo, dinheiro vivo: veja o que PF apreendeu na operação contra fraudes no INSS

Polícia Federal deflagrou a Operação Cambota nesta sexta-feira, 12, que prendeu o "Careca do INSS"

12 set 2025 - 08h36
(atualizado às 09h40)
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Resumo
A Polícia Federal prendeu dois suspeitos e apreendeu itens de luxo em operação contra fraudes no INSS, que desviaram até R$ 6,3 bilhões de aposentados entre 2019 e 2024.
 PF apreendeu uma réplica da McLaren de Ayrton Senna durante Operação Cambota
PF apreendeu uma réplica da McLaren de Ayrton Senna durante Operação Cambota
Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) apreendeu dinheiro em espécie, vários relógios e diversas obras de arte durante o cumprimento de mandados da Operação Cambota, deflagrada nesta sexta-feira, 12, que prendeu o "Careca do INSS". Também foram apreendidas uma Ferrari e uma réplica da McLaren de Ayrton Senna, no Distrito Federal.

Os agentes saíram para cumprir dois mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo e no Distrito Federal em uma nova operação contra fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). As ordens judiciais foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Dinheiro em espécie e vários relógios foram apreendidos na operação desta sexta-feira, 12
Dinheiro em espécie e vários relógios foram apreendidos na operação desta sexta-feira, 12
Foto: Divulgação/PF

Na ação, os policiais prenderam Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", e o empresário Maurício Camisotti. Segundo a PF, o "Careca do INSS" é apontado como um dos principais operadores no esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. Já Camisotti é suspeito de ser sócio oculto de uma das associações envolvidas nas fraudes. Ele é acusado de operar lavagem de dinheiro.

O escritório Nelson Willians, que, de acordo com o inquérito, recebeu dinheiro de envolvidos no esquema e fez uma transferência para Camisotti, também foi um dos alvos de buscas.

Em nota ao Estadão, a defesa de Camisotti diz que "não há qualquer motivo que justifique sua prisão". Já a de Nelson Willians afirma que a relação com os investigados "é estritamente profissional e legal". O Terra tenta localizar os advogados de Antonio Carlos Camilo Antunes. O espaço segue aberto.

Polícia Federal também apreendeu um carro de luxo durante o cumprimento de mandados
Polícia Federal também apreendeu um carro de luxo durante o cumprimento de mandados
Foto: Divulgação/PF

A operação de hoje é um desdobramento da Operação Sem Desconto. A ação apura os seguintes crimes:

  • impedimento ou embaraço de investigação de organização criminosa;
  • dilapidação e ocultação de patrimônio;
  • possível obstrução da investigação por parte de alguns investigados.
Obras de arte também foram apreendidas da Operação Cambota
Obras de arte também foram apreendidas da Operação Cambota
Foto: Divulgação/PF

O que dizem as investigações?

O "Careca do INSS" foi um dos alvos da Operação Sem Desconto, deflagrada em abril. As investigações indicaram que integrantes do INSS e de associações desviaram até R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024, em recursos de aposentados e pensionistas por meio da folha de pagamento.

As vítimas da fraude tiveram descontos não autorizados em seus benefícios e grande parte dos valores foi destinada a ex-integrantes do INSS. Segundo a PF, esses desvios teriam sido intermediados pelo "Careca do INSS". Ele é apontado como figura central e principal operador do esquema de repasses irregulares.

Segundo a Polícia, pessoas e empresas relacionadas ao lobista receberam, no total, R$ 53,5 milhões em desvios. O lobista teria repassado R$ 9,3 milhões a servidores do INSS suspeitos de corrupção.

'Careca do INSS' é preso em nova operação da PF contra fraudes em aposentadorias:

Com a palavra, as defesas

Defesa de Maurício Camisotti

A defesa do empresário Maurício Camisotti afirma que não há qualquer motivo que justifique sua prisão no âmbito da operação relacionada à investigação de fraudes no INSS.

Os advogados chamam a atenção para a arbitrariedade cometida durante a ação policial: Camisotti teve seu celular retirado das mãos no exato momento em que falava com seu advogado. Tal conduta afronta garantias constitucionais básicas e equivale a constranger um investigado a falar ou produzir prova contra si próprio.

A defesa reitera que adotará todas as medidas legais cabíveis para reverter a prisão e assegurar o pleno respeito aos direitos e garantias fundamentais do empresário.

Defesa de Nelson Willians

Em relação ao mandado de busca e apreensão cumprido nesta data, Nelson Wilians esclarece que tem colaborado integralmente com as autoridades e confia que a apuração demonstrará sua total inocência.

Nelson Wilians já afirmou, anteriormente, que sua relação com um dos investigados — seu cliente na área jurídica — é estritamente profissional e legal, o que será comprovado de forma cabal. Os valores por ele transferidos referem-se à aquisição de um terreno vizinho à sua residência, transação lícita e de fácil comprovação.

Ressaltamos que a medida cumprida é de natureza exclusivamente investigativa, não implicando qualquer juízo de culpa ou responsabilidade. O advogado permanece à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários e reafirma seu compromisso com a legalidade e a transparência.

Fonte: Redação Terra
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