PUBLICIDADE

Preços de carros novos podem cair para menos de R$ 60 mil, diz Anfavea

Medidas do governo incluem os veículos novos em estoque no setor, diz presidente da associação

25 mai 2023 - 12h45
(atualizado às 16h32)
Compartilhar
Exibir comentários
Venda de carros
Venda de carros
Foto: Werther Santana / Estadão / Estadão

O presidente da associação de montadoras Anfavea, Márcio Lima Leite, disse nesta quinta-feira, 25, que é possível que os preços dos veículos novos caiam para menos de R$ 60 mil com as medidas anunciadas pelo governo federal, como redução de PIS/Cofins.

As medidas do governo incluem os veículos novos em estoque no setor, disse Leite a jornalistas após participar de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, no Palácio do Planalto.

Segundo Alckmin, com as medidas as montadoras darão desconto de 1,5% a 10,79% nos carros novos, a depender do preço do veículo, de sua eficiência energética e densidade industrial. Atualmente os modelos mais baratos no país custam na casa de 70 mil reais.

Entenda

O governo federal anunciou nesta quinta-feira um programa de estímulo à indústria automotiva com o objetivo de ampliar o acesso a carros populares, conhecidos como "de entrada", e impulsionar a cadeia produtiva ligada ao setor automotivo brasileiro.

Uma das principais medidas relacionadas à indústria automotiva consiste em um desconto de IPI, PIS e Cofins para veículos com valor de até R$ 120 mil. Não foram anunciadas alterações para veículos de valor superior.

Os valores específicos não foram revelados, mas de acordo com Alckmin, "quanto menor for o veículo e mais acessível, maior será o desconto".

"A proposta de estímulo é transitória, anticíclica, para esse momento de muita ociosidade na indústria. [...] Hoje, o carro mais barato é quase R$ 70 mil", declarou o vice-presidente. 

Além do preço final do veículo, o desconto também será maior para carros com baixa emissão de poluentes e que possuam um maior número de componentes produzidos no Brasil.

O Ministério da Fazenda terá um prazo de 15 dias para ajustar a decisão de acordo com as normas fiscais, o que inclui calcular a perda de arrecadação e determinar as medidas de compensação no orçamento.

Veja algumas medidas:

• Adoção da taxa referencial (TR) como taxa de juros para projetos de pesquisa e inovação, visando reduzir os custos da indústria nessas áreas.

• Destinação de R$ 4 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Sustentável (BNDES) para financiamentos em dólar direcionados a empresas voltadas para exportação, com o objetivo de fornecer uma proteção cambial.

(*Com informações da Reuters)

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade