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Petróleo cai com avanço nos estoques do óleo e de gasolina nos EUA

26 set 2018 - 16h14
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Os preços do petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, 26, depois que o Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês) mostrou avanço inesperado nos estoques de petróleo na semana passada em meio a desaceleração da atividade de refino e queda na demanda de gasolina.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou em baixa de 1,04%, para US$ 71,53 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para o mesmo mês caiu 0,79%, para US$ 81,22, ainda permanecendo no maior nível desde 2014.

O DoE informou pela manhã que os estoques de petróleo nos EUA subiram 1,9 milhão de barris, para 396 milhões de barris na semana encerrada em 21 de setembro. Isso foi uma surpresa para analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que esperavam declínio de 1,3 milhão de barris.

Os estoques de gasolina também aumentaram, com alta de 1,5 milhão de barris, para 236 milhões de barris, o que representa 18 milhões de barris a mais do que na mesma semana do ano passado. O aumento nos estoques de gasolina veio mesmo quando o DoE também relatou que a taxa de utilização de capacidade da refinaria dos EUA despencou em 5 pontos porcentuais, para 90%, uma vez que as refinarias desligaram as fábricas para a chamada manutenção anual durante a baixa temporada de demanda. Os analistas esperavam que a atividade caísse para 94%.

"A demanda está fraca e está ficando mais fraca em meio a mudanças nas refinarias", disse Stephen Schork, editor do boletim sobre comércio de energia da The Schork Report.

Ainda assim, Schork notou que, apesar dos dados do DoE, os preços do petróleo dos EUA permanecem nas máximas dos últimos meses, o que ele atribui aos investidores especulativos sendo excessivamente focados em uma narrativa que as sanções americanas ao Irã pesarão no suprimento global de petróleo.

"Os especuladores estão no controle do mercado agora", disse ele. "O mercado está sendo completamente impulsionado por suposições sobre o Irã, sejam verdadeiras ou não", acrescentou. As sanções estão previstas para começarem em novembro. Fonte: Dow Jones Newswires.

Estadão
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