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Petrobras não pagará dividendos por 2014, diz presidente

Segundo especialista, divulgação de balanço fará estatal recuperar credibilidade

23 abr 2015 - 21h21
(atualizado em 23/4/2015 às 09h48)
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El nuevo presidente de Petrobras, Aldemir Bendine, en una entrevista con Reuters Latin American Investment Summit cuando presidía el Banco do Brasil, en Sao Paulo. 1/4/2011
El nuevo presidente de Petrobras, Aldemir Bendine, en una entrevista con Reuters Latin American Investment Summit cuando presidía el Banco do Brasil, en Sao Paulo. 1/4/2011
Foto: Nacho Doce / Reuters

A Petrobras não pagará dividendos referentes ao resultado do exercício fiscal de 2014, disse nesta quarta-feira o presidente da estatal, Aldemir Bendine, em entrevista a jornalistas para comentar o balanço, cuja publicação estava atrasada.

A Petrobras teve um prejuízo de 21,6 bilhões de reais no ano passado, segundo balanço auditado divulgado nesta quarta, após contabilizar perdas de 6,2 bilhões de reais por corrupção e reduzir em mais de 44 bilhões de reais o valor de seus ativos.

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Para o professor de economia do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) do Rio de Janeiro, Alexandre Espírito Santo, a divulgação hoje (22) do balanço auditado da Petrobras de 2014 é importante porque reconhece todas as perdas decorrentes de fatores como a desvalorização de ativos, conhecida como impairment, e a Operação Lava Jato.

“É bastante positivo”, disse Espírito Santo, acrescentando que os números, apesar de fortes, são vistos como um bom sinal. “Porque era exatamente isso que todos estavam esperando: doa a quem doer, coloque o resultado que tem que vir”. Segundo ele, o prejuízo é algo impensável para uma empresa desse porte. Para o economista, a Petrobras nunca experimentou um prejuízo dessa magnitude.

Espírito Santo avalia que a divulgação do balanço, que sofreu vários adiamentos, pode sinalizar para uma retomada da credibilidade da estatal junto ao mercado e a seus acionistas brasileiros e internacionais. “Eu acho que sim. A única coisa que o mercado não gosta, em nenhum momento, é de incerteza e insegurança. Mesmo com números muito ruins, se estão sendo apresentados da maneira adequada, você vira a página”.

Ele ponderou, porém, que a estatal vai levar muito tempo para se refazer desse prejuízo. “Ela vai demandar entre três e quatro anos para que resgate tudo isso que aconteceu, inclusive as falcatruas associadas que a Operação Lava Jato está mostrando”, disse. O economista concluiu que, embora a divulgação do balanço seja positiva, a empresa deverá sofrer ainda no curto prazo “eventuais novos possíveis problemas”, como os do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

De acordo com Aldemir Bendine, o balanço da companhia do primeiro trimestre de 2015 deverá ser divulgado em meados de maio.

Com informações da Reuters e Agência Brasil

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Fonte: Terra
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