Petrobras diz não ver impacto relevante imediato nas exportações aos EUA com aproximação de tarifas
EUA dobraram a importação do petróleo da estatal no segundo trimestre de 2025; companhia diz que poderá redirecionar produto para outros mercados
A dois dias da possível taxação das importações de produtos do Brasil pelos Estados Unidos, e ainda sem clareza sobre os itens que poderão ter isenção, a Petrobras informou ao Estadão/Broadcast que não observou até o momento "impactos relevantes sobre o volume exportado, que poderá ser redirecionado para outros mercados que se apresentem mais vantajosos comercialmente", explicou após ser questionada.
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Os Estados Unidos dobraram a importação do petróleo da estatal no segundo trimestre de 2025, passando de 4% do volume total para 8%. A China também elevou sua participação nas compras de petróleo da empresa, passando de 36% no primeiro trimestre deste ano para 54% de maio a julho, patamar semelhante ao registrado há um ano (50%).
"A China aumentou sua participação nos destinos das nossas exportações, pressionada, em parte, pelas novas sanções à Rússia. Consequentemente, houve redução das exportações para a Europa e o restante da Ásia, outros dois importantes mercados para óleos brasileiros. América Latina e EUA aumentaram marginalmente sua participação", informou a estatal em seu Relatório de Produção, divulgado na noite de terça-feira, 29.
A empresa destacou, ainda, que vem fazendo um contínuo trabalho de desenvolvimento de mercado para os óleos do pré-sal, seja pela venda para novos clientes ou pela alocação de novas correntes para clientes existentes, como a primeira venda ocorrida para uma refinaria na África do Sul.
"A Petrobras segue atenta aos movimentos do mercado e os impactos das tarifas recentemente anunciadas sobre o petróleo e seus derivados. A companhia mantém sua estratégia de buscar, em qualquer cenário, a melhor alternativa para a empresa", afirmou a empresa.
"O posicionamento comercial e a atuação global da Petrobras permitem o monitoramento contínuo do mercado internacional e a identificação de oportunidades que assegurem eficiência econômica às suas operações", acrescentou.