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Persio Arida: 'Responsabilidades fiscal e social caminham juntas, e não separadas'

Ex-presidente do BC disse, em Nova York, que é necessário avançar nos dois fronts ao mesmo tempo; ele também voltou a defender a adoção de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA)

15 nov 2022 - 13h23
(atualizado às 16h01)
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NOVA YORK e SÃO PAULO - O ex-presidente do Banco Central Persio Arida, membro da equipe de transição de governo Lula, defendeu nesta terça-feira, 15, a necessidade de o Brasil avançar no âmbito fiscal e no social. Segundo ele, essas questões caminham juntas e não separadas, e não são opostas.

"Do ponto de vista substantivo, sabemos que responsabilidade fiscal e responsabilidade social vão juntas, elas não são separadas ou opostas", afirmou, em evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em Nova York. "É necessário avançar nos dois fronts, não vejo nenhuma oposição entre um e outro, pelo contrário: se avançar num front e não avançar no outro, mais cedo ou mais tarde vai ser incapaz de fazer qualquer avanço."

'Só um plano com responsabilidade fiscal e reformas garantirá crescimento', diz presidente do BC

Em evento em Nova York, Roberto Campos Neto afirmou que parte do que foi feito em termos de juros no Brasil terá reflexo em 2023

No curto prazo, o Brasil também tem de atender à massa de população marginalizada, sem inclusão no mercado de trabalho e passando fome. "Temos de crescer com programas sociais emergenciais por um período razoável de tempo", alertou.

Crédito subsidiado

Arida também defendeu, em sua apresentação no evento, a importância de eliminar os subsídios do crédito no Brasil. A medida contribuiria para o crescimento da economia brasileira bem como dos empréstimos, segundo ele. "Os subsídios creditícios têm de ser eliminados. Seria um enorme avanço. Temos de avançar em eliminar a redução do subsídio", disse.

O economista mencionou também a importância de medidas que contribuam para o fortalecimento das garantias atreladas aos empréstimos e ainda do desenvolvimento do mercado de capitais.

Também presente no evento, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que o crédito tem de ser olhado não só do lado da quantidade, mas da qualidade. Ele observou que o Brasil atravessou a pandemia com crescimento de 20% nos empréstimos.

"Adotamos várias medidas para que empresas grandes fossem direto para o mercado de capitais para abrir mais espaço no balanço dos bancos para atender pequenas e médias empresas", lembrou. Campos Neto destacou ainda que os balanços dos bancos são "engessados", com exigências de direcionamento dos recursos captados. Segundo ele, esse é um tema que tem de ser direcionado, pois funciona como a "meia entrada", que por fim, pode crescer e elevar o custo geral.

As falas de Campos Neto foram feitas após apresentação do presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, que disse que o mercado de crédito no Brasil tem potencial de crescimento. Ele chamou a atenção ainda para a importância de avanço de medidas que reforcem as garantias atreladas ao financiamentos em andamento no Congresso brasileiro.

Estadão
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