Otimismo com queda da Selic impulsiona Bolsa e derruba dólar
Ibovespa igualou recorde de 1994 com 15 pregões seguidos em alta
A leitura mais branda da ata do Copom, somada ao IPCA de outubro, que teve o menor avanço desde 1998, reforçou o cenário de queda da Selic, hoje em 15% ao ano, impulsionou o Ibovespa para a 15ª alta seguida. Investidores veem espaço para o BC iniciar um ciclo de afrouxamento monetário no início de 2025.
O Ibovespa cravou nesta terça-feira (11) o maior fechamento da história, aos 157.748 pontos, embalado pela expectativa de que o Banco Central comece a cortar os juros já em janeiro. O salto de 1,6% marcou o 15º pregão seguido de alta, igualando a sequência recorde de 1994 e refletindo o alívio nas projeções de inflação.
A leitura mais branda da ata do Copom, somada ao IPCA de outubro, que teve o menor avanço desde 1998, reforçou o cenário de queda da Selic, hoje em 15% ao ano. Investidores veem espaço para o BC iniciar um ciclo de afrouxamento monetário no início de 2025.
Principais destaques da Bolsa
Em destaque no Ibovespa, a Petrobras subiu mais de 2%, acompanhando a estabilidade do petróleo, enquanto a Vale recuou 0,26%. O setor bancário foi destaque, com Banco do Brasil (+3,03%), Santander (+2,33%) e Bradesco (+2,15%) puxando o índice. A Braskem liderou as altas do dia (+18%), e BB Seguridade teve a maior queda (-2,27%).
No final do dia, o dólar acumulou queda de 0,64% ante o real, cotado a R$ 5,27, no menor nível desde junho, em meio ao ingresso de capital estrangeiro e à expectativa de corte de juros também nos EUA.
Cenário externo
Nos EUA, a Câmara deve votar hoje o acordo para encerrar a paralisação do governo federal, a mais longa da história. A reabertura pode destravar a divulgação de dados econômicos e influenciar as próximas decisões do Federal Reserve, que tem integrantes discursando ao longo do dia.
Na China, o minério de ferro avançou 1,2%, cotado a US$ 108,76 por tonelada, sustentado por expectativas de estímulos à economia. Já o petróleo Brent recuou 0,58%, para US$ 64,78, enquanto o mercado aguarda novas projeções da Opep+ e da Agência Internacional de Energia.
Cenário doméstico
No Brasil, as atenções se voltam ao presidente do BC, Gabriel Galípolo, que fala nesta quarta-feira em dois eventos sobre estabilidade financeira e política monetária — e pode confirmar ou corrigir a interpretação do mercado sobre o tom mais “dovish” da ata do Copom.
Entre os destaques do setor corporativo, a Sabesp anunciou resgate de R$ 1,26 bilhão em debêntures e a Prio concluiu a compra de campos offshore. Já a Ambipar venceu a disputa judicial contra o Opportunity, e a Embraer teve redução de participação do fundo Brandes, que agora detém 4,95% da companhia.
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