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Motiva, ex-CCR, confirma que venda de seus 20 aeroportos será em bloco único

Operação bilionária de vendas de aeroportos da Motiva faz parte de uma janela considerada única no segmento aeroportuário

25 set 2025 - 18h16
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O CEO da Motiva (ex-CCR), Miguel Setas, confirmou que a meta da companhia é vender seus 20 aeroportos em um bloco único. O processo, que tem atraído o interesse do mercado, segue em fase de propostas não vinculantes.

"Estamos em tratativas com vários interessados, mas não há nada fechado", afirmou Setas, destacando que o processo ocorre de maneira rigorosa, já que o tema é acompanhado de perto por investidores. "Qualquer novidade será comunicada ao mercado", complementou.

Desde o início do ano, a Motiva está se movimentando para se desfazer do portfólio de aeroportos sob gestão da companhia por meio da venda de todos os terminais que opera, sendo 17 no Brasil e três em outros países da América Latina. O negócio é avaliado entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões.

Aeroporto de Confins, próximo a Belo Horizonte, é administrado pela BH Airports, subsidiária da Motiva
Aeroporto de Confins, próximo a Belo Horizonte, é administrado pela BH Airports, subsidiária da Motiva
Foto: Divulgação/BH Airports / Estadão

Inicialmente, havia dúvidas no mercado se a operação ocorreria de forma fatiada ou em um bloco único. Contudo, Setas reforçou que o objetivo é que a venda ocorra integralmente, ou seja, com todos os ativos sendo adquiridos pelo mesmo comprador. "É isso que estamos perseguindo", disse.

O Estadão/Broadcast havia antecipado que a Motiva seguia firme com a intenção de vender os aeroportos em um único bloco. Para viabilizar esse modelo, a solução que se desenha é da venda ser feita para um consórcio, segundo fontes ouvidas pela reportagem.

Apesar de não fornecer mais detalhes sobre o perfil dos interessados, Setas não descartou a possibilidade de que empresas se juntem para comprar os aeroportos e depois façam a divisão entre si. "É uma solução possível", avaliou.

O CEO complementou afirmando que os principais objetivos da companhia com o desinvestimento é simplificar o portfólio e destravar valor. "Queremos nos concentrar nas áreas em que lideramos: rodovias e trilhos."

Na última teleconferência de resultados, realizada em julho, Setas informou que a expectativa da Motiva era ter novidades sobre a operação no segundo semestre de 2025. Com isso, seria concluída no início de 2026.

A operação bilionária de vendas de aeroportos da Motiva faz parte de uma janela considerada única no segmento aeroportuário, que tem menos ativos disponíveis e possibilidades de concessão do que áreas como rodovias e portos. Além dessa operação, está no radar o leilão de repactuação do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão — Antônio Carlos Jobim, previsto para março de 2026.

Linha 4

As condições da prorrogação antecipada da Linha 4 (Via Quatro) do Metrô de São Paulo só serão divulgadas após a assinatura do contrato entre a Motiva (ex-CCR) e a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), segundo Miguel Setas.

A Motiva anunciou na quarta-feira, 24, a prorrogação antecipada, mas sem divulgar qual será o prazo de extensão e os aportes previstos. "A Artesp divulgou a ata, mas ainda não informou as condições. Elas só serão divulgadas quando o contrato estiver finalizado", afirmou o executivo. "Antecipar isso agora seria ir contra a vontade do regulador."

Em comunicado ao mercado, a Motiva informou que a medida decorre do equacionamento do desequilíbrio econômico-financeiro da concessão e da inclusão de investimentos necessários à extensão da Linha 4 até o município de Taboão da Serra, que compreende a execução de obras civis, implantação de sistemas e aquisição do material rodante necessário à operação.

"A deliberação do conselho diretor da Artesp reconhece que a inclusão da extensão da Linha 4 no contrato provoca desequilíbrio econômico-financeiro, em favor da concessionária, na ordem de R$ 136.765.299,77 em valores de fevereiro/05, a uma taxa interna de retorno de 11,07615%", diz o documento.

Estadão
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