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Empresários brasileiros veem EUA como caminho mais seguro para crescer

Com previsibilidade jurídica, acesso a crédito e ambiente regulatório estável, EUA consolidam-se como destino preferido de empresários brasi

24 out 2025 - 06h34
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Resumo
Empresários brasileiros veem os Estados Unidos como destino preferido para expansão, devido à previsibilidade jurídica, acesso facilitado a crédito e ambiente regulatório estável, apesar dos desafios operacionais.
Fernanda Spanner
Fernanda Spanner
Foto: Divulgação

Com o avanço da internacionalização e a busca por previsibilidade nos negócios, cada vez mais empresários brasileiros incluem a expansão para os Estados Unidos nos planos de 2026. Dados do Department of Commerce mostram que o número de empresas com participação brasileira nos EUA cresceu 18% em 2024, alcançando 1.200 novos registros apenas no último ano. A tendência reflete uma decisão estratégica: reduzir riscos e garantir acesso a crédito e estabilidade jurídica, fatores que ainda são obstáculos no ambiente empresarial brasileiro.

Fernanda Spanner, CEO da Spanner Consulting Group e especialista em contabilidade e estruturação de empresas nos Estados Unidos, afirma que a migração de capital e operações é fruto de uma análise racional de longo prazo. “Não é apenas uma questão de custo ou status. O empresário busca previsibilidade. Nos Estados Unidos, as regras são claras, os contratos são respeitados e o ambiente de negócios é estável. Isso muda completamente a forma como se toma decisão”, avalia.

A diferença também é notável na concessão de crédito. Nos Estados Unidos, o sistema é pautado por credit score , pontuação baseada no histórico financeiro pessoal e empresarial, o que permite acesso a empréstimos e linhas de financiamento a juros menores. No Brasil, o crédito para pequenas e médias empresas ainda é caro, burocrático e depende de garantias pesadas. Segundo levantamento do Banco Mundial (Doing Business), o tempo médio para acessar crédito empresarial nos EUA é 60% menor do que no Brasil.

Além do custo operacional, a segurança jurídica pesa na balança. O World Justice Project coloca os Estados Unidos na 26ª posição no ranking global de Estado de Direito, enquanto o Brasil aparece apenas na 59ª. Essa diferença se traduz em maior estabilidade contratual e previsibilidade regulatória. “O empresário americano sabe o que esperar. Já no Brasil, você pode montar um plano de negócio e ser surpreendido por uma nova regra tributária três meses depois”, afirma Spanner.

A especialista ressalta, contudo, que o ambiente americano não é isento de riscos. A variação de impostos estaduais, o custo de seguros obrigatórios e as multas por descumprimento de normas locais podem comprometer a rentabilidade do negócio. “É um ambiente mais previsível, mas que exige preparo. Muita gente erra por achar que basta abrir a empresa para que o lucro venha rápido. É preciso adaptação e planejamento financeiro consistente”, alerta.

Dados do Small Business Administration (SBA) indicam que 20% das pequenas empresas americanas fecham no primeiro ano, e quase metade não sobrevive após cinco anos,  não por burocracia, mas por falta de capital e planejamento.

Spanner observa que o movimento de internacionalização deve crescer entre 2025 e 2026, impulsionado por empresários que buscam diversificar riscos e proteger patrimônio. “O Brasil tem um potencial enorme, mas o investidor quer estabilidade. E a estabilidade, hoje, é um ativo. Nos Estados Unidos, ela existe e é mensurável. Isso explica por que cada vez mais brasileiros decidem atravessar fronteiras”, conclui.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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