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Mercado segue cauteloso com disputa EUA–China e alerta fiscal no Brasil

As declarações dos líderes das duas maiores economias do mundo estão abalando os mercados

15 out 2025 - 10h02
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Resumo
As declarações de Donald Trump, que voltou a ameaçar novas tarifas comerciais contra a China, pesaram sobre o humor dos investidores. A semana também segue marcada pelas novas tentativas do governo em busca de arrecadação, após a derrota na MP do IOF.

A tensão entre Estados Unidos e China segue exercendo pressão sobre os mercados globais, e nesta terça-feira (14), o Ibovespa beirou a estabilidade (-0,07%, aos 141.682 pontos), com os olhares atentos também ao cenário fiscal.

Donald Trump
Donald Trump
Foto: Chip Somodevilla / Getty Images

As declarações de Donald Trump, que voltou a ameaçar novas tarifas comerciais contra a China, pesaram sobre o humor dos investidores. Trump afirmou que pode “encerrar relações comerciais em alguns setores” e acusou o país asiático de “tirar vantagem dos outros”. Apesar disso, ele também sinalizou abertura para um possível acordo, o que trouxe algum alívio aos mercados no fim do dia.

Enquanto isso, nos EUA, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicou que o banco central pode continuar cortando os juros ainda este ano, mesmo com a falta de dados econômicos após o “shutdown” do governo. A dirigente Michelle Bowman reforçou a expectativa de mais dois cortes em 2025, o que animou as bolsas internacionais.

Na Ásia, os mercados reagiram com força: Xangai subiu 1,22%, Hong Kong 1,84%, e o Kospi, da Coreia do Sul, saltou 2,68%, puxado por ações de tecnologia. Na Europa, o otimismo também prevaleceu após o governo francês prometer adiar uma reforma previdenciária polêmica. Os índices futuros de Nova York abriram em alta nesta quarta-feira (15), apoiados por resultados fortes de empresas como Walmart, que anunciou parceria com a OpenAI para integrar o ChatGPT às compras on-line.

No Brasil, o foco segue no risco fiscal. O governo adiou a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para a próxima terça-feira (21), enquanto busca alternativas para compensar a perda da MP do IOF, que previa aumento de arrecadação. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo estuda taxar “bancos, bets e bilionários” para cobrir o rombo nas contas públicas. Ele se reúne hoje com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para discutir novas fontes de receita.

Ainda no Congresso, o Senado vota nesta quarta o projeto que exclui R$ 1,2 bilhão da meta fiscal, liberando recursos do Fundo Social para saúde e educação. O tema deve gerar embates entre governo e oposição em meio à disputa por espaço no orçamento de 2025.

Entre as ações, Bradesco (BBDC4) subiu 1,42%, puxando o índice financeiro. Petrobras teve leve queda — 0,06% (ON) e 0,69% (PN) — após o Ibama pedir novos detalhes sobre o plano de emergência da estatal na região da Foz do Amazonas. Já a Vale (VALE3) ficou estável, refletindo a queda do minério de ferro na China, que recuou 1,46%, cotado a US$ 108,96 por tonelada.

Nesta quarta, o mercado local acompanha os dados de vendas no varejo de agosto, divulgados pelo IBGE, e o vencimento das opções sobre o Ibovespa, que podem aumentar a volatilidade. Os investidores seguem de olho também no Livro Bege, relatório econômico do Fed que será divulgado à tarde, e que pode influenciar o rumo dos juros americanos — e, por tabela, o humor das bolsas no mundo todo.

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