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Mercado reduz drasticamente (de novo) projeções do PIB

Economistas baixaram pela 12ª vez seguida a estimativa para o avanço da economia em 2019, de 1,45% para 1,24%

20 mai 2019 - 09h58
(atualizado às 10h04)
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BRASÍLIA - A expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 recuou pela 12.ª semana consecutiva e passou de 1,45% para 1,24%, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 20, pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa de crescimento era de 1,71%. Para 2020, o mercado financeiro manteve a previsão de crescimento do PIB em 2,50%.

Pessoas caminham em frente à sede do Banco Central do Brasil, em Brasília. 23/09/2015. REUTERS/Ueslei Marcelino
Pessoas caminham em frente à sede do Banco Central do Brasil, em Brasília. 23/09/2015. REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

A projeção do BC para o crescimento do PIB em 2019 é de 2,0%. Esse porcentual foi atualizado no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março, mas deve ser revisto no próximo documento, em junho. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já disse na semana passada que a projeção para o PIB "já caiu para ',5%".

Os economistas do mercado financeiro ouvidos pelo Focus também reduziram a projeção para o avanço da produção industrial de 2019, de 1,70% para 1,47%. Para 2020, a estimativa de crescimento permaneceu em 3,00%.

A pesquisa mostrou ainda que a estimativa para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2019 passou de 56,20% para 56,10%. Há um mês, estava em 56,25%. Para 2020, a expectativa permaneceu em 58,30%, ante 58,70% de um mês atrás.

Selic

A estimativa para a Selic (a taxa básica de juros) no fim de 2019 foi matida em 6,50%, mas a projeção para a taxa no fim de 2020 passou de 7,50% para 7,25% ao ano.

No último dia 8, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a manutenção, pela nona vez consecutiva, da Selic em 6,50% ao ano. Ao mesmo tempo, o BC indicou que o risco de uma inflação menor devido ao fraco desempenho econômico se elevou desde a reunião anterior, em março. A instituição reiterou, porém, que manterá a "cautela, serenidade e perseverança" em suas próximas decisões, "inclusive diante de cenários voláteis".

As projeções para o IPCA, o índice oficial de preços do País, também foram revistas. A estimativa de mediana para a inflação este ano passou de 4,04% para 4,07%. Há um mês, estava em 4,01%. A projeção para o índice em 2020 seguiu em 4,00%.

O estimativa do Focus para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%).

As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 4,1% em 2019 e 3,8% em 2020. Elas constaram no comunicado e na ata da última reunião do Copom. O IBGE informou, no dia 10 de maio, que o IPCA de abril subiu 0,57%. Em 12 meses, a taxa acumulada foi de 4,94%.

Estadão
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