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Mercado imobiliário nos EUA: Empresários brasileiros se animam com Trump

Taxas de juros, inflação e políticas econômicas prometem ditar as regras, enquanto investidores avaliam desafios e oportunidades

10 fev 2025 - 06h14
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Foto: Freepik

O relatório "Perfil de Transações Residenciais Internacionais de 2023 na Flórida", mostrou que os brasileiros ocuparam a terceira posição entre os estrangeiros que mais compraram imóveis no estado, atrás apenas de canadenses e colombianos. Em termos de valor investido, os brasileiros ficaram na segunda posição, com um total de US$ 1,451 bilhão investidos, superando os US$ 486 milhões registrados em 2022.

Esse aumento de 200% em um ano reforça a tendência de diversificação de investimentos e proteção patrimonial. No entanto, ainda pairam muitas dúvidas sobre como serão as políticas do segundo governo de Donald Trump para o setor, e também para os estrangeiros. 

Reconhecido por sua gestão voltada para cortes fiscais e desregulamentações, Trump sinaliza um cenário de estímulos ao empresariado e ao mercado imobiliário. Durante sua gestão anterior, políticas como incentivos fiscais impulsionaram alguns setores, incluindo o imobiliário. No entanto, o impacto dessas medidas sobre o déficit fiscal e a inflação levanta questões sobre o comportamento futuro do Federal Reserve e as implicações para o custo do crédito. 

Flávio Rodrigo Marçal, empresário em Winter Garden, acredita em um impacto positivo. “Historicamente, o primeiro ano de governo é sempre otimista. O governo Trump focará muito em deixar a máquina pública mais eficiente e cortará muitos gastos. Boa parte desses gastos deve retornar à economia em forma de menos tributos, o que impulsionará bem a economia”, analisa. 

Ele também destaca o potencial para simplificar regulações no mercado imobiliário, criando um ambiente favorável para projetos sólidos.

Para o empresário Antônio Clementino Rezende dos Santos, engenheiro da construção civil de Belém do Pará, o novo governo pode ser um catalisador de oportunidades. “Nossa perspectiva é extremamente positiva. Como empresário, admiro profundamente a sua capacidade de gestão e acredito que ele aplicará sua visão estratégica na administração de um país tão relevante como os Estados Unidos. Essa vitória nos traz otimismo, pois uma administração conservadora oferece um ambiente mais seguro e estável para continuarmos investindo aqui”, afirma Rezende.

Taxas de juros e inflação em jogo

As taxas de juros devem desempenhar um papel decisivo, já que o mercado imobiliário é muito dependente de financiamentos. A possibilidade de um Federal Reserve mais rígido no controle da inflação pode resultar em juros mais altos, impactando o custo do crédito. 

“O impacto das taxas de juros vai além do custo de financiamento; ele redefine o apetite por investimentos e a valorização dos ativos”, explica Thiago Davila, sócio da Davila Finance. Por outro lado, cortes fiscais e incentivos podem equilibrar esse cenário, mantendo a atratividade para investidores. 

Leandro Sobrinho, especialista no assunto, aponta que os investidores precisam diversificar e dolarizar seus ativos. “Trata-se de uma forma para proteger seu patrimônio de variações cambiais”, explica.

Rezende reforça essa visão. “Acredito que cortes fiscais e incentivos econômicos são fatores importantes para a valorização dos ativos de qualquer investidor. Com sua mentalidade empresarial, Trump tem o potencial de reposicionar os Estados Unidos como o país de oportunidades e segurança que todos buscam para investir”, afirma.

A Flórida continua sendo um dos estados mais atrativos para investimentos, combinando crescimento populacional com incentivos fiscais. A ausência de imposto de renda estadual e a valorização consistente de imóveis fazem do estado um destino estratégico para investidores brasileiros. Em Miami, por exemplo, o valor médio de imóveis de luxo ultrapassa US$ 1,3 milhão, enquanto Orlando se destaca com propriedades a partir de US$ 450 mil, atraindo empresários interessados em diversificação e dolarização de seus portfólios. 

Flávio Marçal acredita que o equilíbrio do mercado será mantido. “A valorização histórica deve prevalecer, o que é extremamente positivo para os ativos. Minha estratégia de investimentos é mais focada nos bons projetos, naqueles que têm um bom histórico e que desempenham resultados constantes no mercado”, declara.

Com políticas voltadas ao fortalecimento da economia interna, o mercado imobiliário da Flórida promete um ano dinâmico. No entanto, especialistas alertam para a necessidade de equilíbrio entre estímulos econômicos e controle fiscal. Rezende conclui com otimismo: “Estamos confiantes e preparados para continuar investindo neste país que escolhemos como nossa segunda casa”, finaliza.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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