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Mercado financeiro estima retração de 1,18% do PIB em 2020

Para o próximo ano, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em 2,50%

6 abr 2020 - 10h23
(atualizado às 10h40)
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Os economistas do mercado financeiro reduziram, pela oitava semana seguida, a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e também passaram a prever um corte maior da taxa básica de juros, a Selic, no mês de maio.

Sede do Banco Central, em Brasília (DF).
Sede do Banco Central, em Brasília (DF).
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil / Estadão Conteúdo

As projeções fazem parte do boletim de mercado, conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira, 6, pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Para o PIB de 2020, a previsão era de uma queda de 0,48% e passou a uma contração maior: de 1,18%.

Para o próximo ano, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em 2,50%.

Corte maior na Selic

O mercado financeiro também passou a prever um corte maior na taxa básica de juros da economia, a Selic, atualmente na mínima histórica de 3,75% ao ano.

Até então, a expectativa dos economistas dos bancos era de que, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, no começo de maio, a taxa seria reduzida em 0,25 ponto percentual, para 3,5% ao ano.

Na semana passada, porém, os analistas passaram a projetar um corte maior, de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, para 3,25% ao ano, no começo de maio. A previsão é que a taxa permaneça nesse patamar até o fim de 2020.

Para o fechamento de 2021, a expectativa do mercado para a taxa Selic recuou de 5% para 4,75% ao ano, o que pressupõe alta do juro básico no ano que vem.

Inflação

Segundo o relatório divulgado pelo BC, os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para 2020 de 2,94% para 2,72%. Foi a quarta redução seguida do indicador.

A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,5% a 5,5%.

Com isso, a previsão do mercado para a inflação deste ano começa a se aproximar do piso da meta (2,5% em 2020).

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

Para 2021, o mercado financeiro baixou a estimativa de inflação de 3,57% para 3,50%. Essa também foi a quarta redução seguida.

No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.

Estadão
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